07/08/2021 - 12:52 - Esportes
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A decisão de Renato Gaúcho em poupar os titulares contra o ABC na Copa do Brasil fez o Flamengo levar para Natal um elenco alternativo. Ao todo, viajaram 11 jogadores do sub-20: o lateral-esquerdo Ramon foi titular e os demais compuseram o banco de reservas inteiro na vitória por 1 a 0.
O número é expressivo e acontece em um momento simbólico: em julho, a criação do departamento de transição do Flamengo completou dois anos. Idealizada pelo presidente do clube, Rodolfo Landim, a pasta surgiu justamente para refinar o filtro na passagem de jovens promessas para o elenco profissional e também para encontrar formas de ganhar dinheiro com aqueles que não têm projeção de serem utilizados a curto ou longo prazo.
- Quando pensamos no departamento, a ideia era valorizar o investimento que fazemos em nossos jogadores da base. A concorrência no elenco é grande, mas não podemos deixar de pensar nos meninos que estão surgindo, pois são nosso patrimônio. O trabalho tem sido muito bem feito desde o início, gerado bons frutos para o clube e os atletas envolvidos que, quando voltam, chegam também mais preparados, amadurecidos, para o desafio de vestir a camisa do Flamengo. No final, todos saem ganhando – disse Landim.
Responsável por tocar a pasta, Carlos Noval já foi diretor geral da base e também do futebol profissional. Cabe a ele cuidar de uma estrutura que permite filtrar melhor aqueles que se integrarão a um elenco estrelado, com pouquíssimas brechas.
Contra o ABC, por exemplo, apenas o lateral-esquerdo Ramon foi titular, mesmo com o grupo principal poupado. No banco, nomes badalados da base, como o zagueiro Noga, o volante Daniel Cabral e o atacante Lázaro entraram no segundo tempo.
Dos 11 jogadores do sub-20 relacionados, apenas quatro ainda não estrearam no profissional: o goleiro João Fernando, os laterais Luan e Ítalo e o atacante André.
Negociações de jogadores rendem R$ 65 milhões
Mas há outra incumbência para o departamento que vem sendo importante para o Flamengo nestes dois anos. Com cada vez menos espaço no elenco profissional, é preciso achar formas de receita com aqueles jogadores que não terão oportunidade.
Se num passado recente, diversos jovens revelados pelo clube estouravam a idade de base e ficavam sem espaço, a meta agora é fazer dinheiro e também desonerar a folha salarial.
Seja através de vendas diretas ou empréstimos remunerados, o Flamengo estima que o departamento de transição já rendeu R$ 65 milhões ao clube. A economia na folha salaria é calculada em cerca de R$ 3 milhões.
Globoesporte.com
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