A dancinha ao cravar a série de trave era a certeza da medalha. E foi de ouro. Flávia Saraiva brilhou na final da trave e conquistou o ouro na etapa da Copa do Mundo de Szombathely. Neste domingo, a medalhista olímpica esbanjou carisma e puxou um desempenho de quatro medalhas para o Brasil no segundo dia de finais na Hungria. A medalhista olímpica Júlia Soares foi prata em uma dobradinha no solo com a xará Júlia Coutinho, bronze. Caio Souza foi prata nas barras paralelas.
A menos de um mês para o Mundial da Indonésia, o Brasil deixa a Hungria com cinco pódios - no sábado, Ana Luiza Lima foi bronze nas barras assimétricas. Todas as ginastas do time feminino do Brasil conquistaram medalhas em Szombathely. A delegação brasileira agora segue para a aclimatação para o Mundial em Doha.
Trave de ouro
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2025/5/h/uyAOfLSjKKqM2ZO7Qd7w/13967624-720p-2450k-h264-1759074605-frame-at-2m33s.jpg)
Flavinha Saraiva dança após série na trave — Foto: Reprodução
Duas vezes finalista olímpica da trave, Flavinha está focando no aparelho para buscar uma medalha no Mundial da Indonésia e mostrou na Hungria que está no caminho certo. Ela liderou a classificatória com 14,250 pontos (5,9 de dificuldade). Na final deste domingo, a ginasta de 25 anos aumentou a dificuldade de sua sequência acrobática, mas perdeu algumas ligações de elementos que havia executado na sexta-feira. Nada que tirasse o sorriso do rosto ao cravar a saída e emendar em uma carismática dancinha de celebração antes mesmo de receber a nota. Os 13,800 pontos (5,7 de dificuldade) garantiram o ouro.
Na mesma prova, Júlia Soares, finalista olímpica da trave em Paris, teve alguns desequilíbrios médios. Visivelmente nervosa, a ginasta de 20 anos fez longas pausas durante a série e respirou aliviada ao terminar a prova. Os 12,700 pontos (5,5 de dificuldade) colocaram na sexta posição. A prata foi para a espanhola Alba Petisco (13,250) e o bronze para a húngara Greta Mayer (13,100).
Dobradinha no solo
Júlia Soares teve sua redenção no solo. A medalhista olímpica praticamente cravou a série ao som de "Cheia de Manias", de Raça Negra. A brasileira conseguiu 12,550 pontos (5,3 de dificuldade) para ficar com a prata e ter no pódio a companhia da xará Júlia Coutinho. A caloura de apenas 15 anos, campeã da etapa da Eslovênia em maio, novamente encantou ao som de "Maria, Maria" de Milton Nascimento. Ela recebeu 12,250 (5,1 de dificuldade) para ficar com o bronze. As brasileiras só ficaram atrás da romena Denisa Golgota, ouro com 12,750 pontos.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2025/Q/6/oy9buAS6iNayo6UT8rTA/whatsapp-image-2025-09-28-at-13.41.21.jpeg)
Medalhistas na Copa do Mundo da Hungria — Foto: Divulgação/CBG
Prata nas paralelas
Brasileiro com maior número de finais em Szombathely, Caio Souza conseguiu sua medalha nas barras paralelas. O finalista olímpico vibrou muito ao cravar a série e conseguir 14,150 pontos (5,3 de dificuldade). A nota 0,150 maior do que conseguiu na classificatória fez o ginasta de 32 anos subir da quinta posição no ranking para a prata. Só não superou por um décimo o turco Ferhat Arican, medalhista olímpico de bronze no aparelho nos Jogos de Tóquio.
Na barra fixa, Caio teve uma excelente apresentação, com 14,000 pontos (5,9 de dificuldade). Ele melhorou em 0,050 a nota da classificatória, mas manteve a quinta posição em uma final digna de Mundial. O cazaque Milad Karimi foi ouro com 14,750 pontos, superando por um décimo o colombiano Angel Barajas, atual vice-campeão olímpico do aparelho. O chileno Luciano Letelier completou o pódio com 14,250 pontos. No sábado, Caio Souza já havia ficado fora do pódio na final das argolas.
Yuri cai no salto
Yuri Guimarães foi o quinto brasileiro em finais neste domingo. Ele havia se classificado na segunda posição para a final do salto. Neste domingo, o ginasta de 22 anos pisou fora da área de aterrissagem no primeiro salto e tirou 13,900 pontos, ainda uma nota que o colocava na briga por medalha. Só que ele chegou com pouca altura no segundo salto e sofreu a queda, tirando 13,000 pontos. Com média 13,450, o brasileiro acabou na sétima posição.