29/01/2020 - 10:51 - Esportes
Vasco
Na pré-temporada do Vasco, duas saídas colocam um ponto de interrogação sobre a administração de Alexandre Campello. Não, neste caso não se trata do ex-técnico cruzmaltino Vanderlei Luxemburgo ou de qualquer jogador que tenha deixado o clube na virada do ano. As saídas que tornam o futuro difícil de prever dizem respeito às finanças.
A administração de um clube de futebol segue – ou, teoricamente, deveria seguir – as diretrizes estabelecidas em um orçamento para a temporada. Uma peça produzida pelo departamento financeiro com as projeções em termos de receitas e custos. Tudo o que deve ser arrecadado, tudo o que precisará ser gasto, de preferência com previsão de lucro. Um guia para a direção tomar decisões ao longo do ano.
No Vasco, o orçamento para 2020 está pronto e aprovado desde dezembro do ano passado. Diante de adversários como Botafogo e Fluminense, que ainda não terminaram suas projeções, parece adiantado. Mas há um problema. As pessoas que produziram o orçamento vascaíno não estão mais no clube, e ainda não há como medir o impacto da saída delas na execução do que foi proposto.
João Marcos Amorim, então vice-presidente de finanças, deixou o clube logo que o ano começou. Adriano Mendes, que ocupava a vice-presidência de controladoria, na realidade um dos pilares na condução do Vasco desde que Campello iniciou seu mandato em 2018, saiu em seguida. E o pior: saiu por que houuve divergências justamente na execução do orçamento que tinha sido formulado por ele.
No mundo ideal, não precisaríamos deste preâmbulo para falar do orçamento vascaíno. Mas não dá para começar sem ele. Caso o presidente Alexandre Campello e o restante de sua administração decidam não seguir as previsões orçamentárias, é possível que toda a análise abaixo não tenha, bem, nenhuma importância.
Globo
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