18/02/2020 - 11:04 - Esportes
Garis
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Limpeza Urbana do Estado da Paraíba (SINDLIMP-PB), Radamés Cândido, denunciou a situação de esgotamento físico e jornada de trabalho excessivo, enfrentada pelos garis da cidade de Patos.
Radamés mostrou-se visivelmente preocupado diante da situação, que tem provocado um grande esforço nos garis para manter a cidade limpa.
De acordo com o sindicalista, os caminhões compactadores de coleta da Empresa Conserv, que presta serviço terceirizado à Prefeitura Municipal de Patos, são poucos e um dos caminhões está quebrado por conta do uso demasiado.
Outra informação prestada pelo sindicalista, é que apenas três veículos estão funcionando para fazer a coleta de lixo em todo o município de Patos, o que tem obrigado os garis a comprometer o seu horário de descanso para conseguir dar vencimento a coleta do lixo, trabalhando durante a noite e a madrugada, inclusive com desregulação do período para tal coleta.
Radamés também criticou a jornada de horas extras que vem sendo feito pelos garis. “A coleta está atrasada e hora extra em serviço insalubre não pode ser feito dessa forma. O cara já trabalha em regime insalubre em grau alto. Não pode ficar assim não. O Ministério do Trabalho não permite isso não. Os trabalhadores estão sendo exigidos demais. Estamos denunciando essa situação em Patos”, relatou Radamés.
Outro fator que exige mais ainda dos garis está no fato da falta de consciência de parte da própria sociedade, pois algumas pessoas não respeitam o dia da coleta de lixo. No Bairro Novo Horizonte, por exemplo, a coleta se dá nas segundas, quartas e sextas-feiras, porém, muitos moradores acabam colocando as sacolas com lixo sem levar em conta esses dias e até depois que o caminhão passa. Cães, cavalos, porcos e outros animais rasgam as sacolas e dificulta mais ainda o trabalho dos garis.
Na varrição das ruas, a dificuldade também é grande, pois faltam lixeiras nas calçadas, muitos cidadãos jogam lixo no chão sem nenhum constrangimento, galhos de árvores são jogados nas esquinas e carroceiros usam terrenos baldios para despejar restos de material de construção e também lixo.
A reportagem fez contato com Herbert Gomes, proprietário da Empresa Conserv. Ele disse que as providências para repor a frota estão sendo tomadas e sobre as horas extras respondeu: “Se precisar, tem que trabalhar mesmo. A empresa paga hora extra ou usa banco de horas como a lei faculta…não tem problema isso”.
Blog do Jordan Bezerra
Com informações, Jozivan Antero – Patosonline.com
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