Em meio a um clima de grande comoção, familiares e amigos se reuniram na manhã deste domingo (23) para o sepultamento de Arlanza Jéssica dos Santos Ramalho, de 34 anos, em São José de Caiana, no Vale do Piancó. A farmacêutica foi brutalmente assassinada dentro de seu apartamento, localizado no bairro Novo Horizonte, em Patos, na noite da última sexta-feira (21).

A despedida foi marcada por homenagens e pedidos de justiça. "Uma pessoa maravilhosa, querida por todos nós, e hoje, vítima de feminicídio, enterramos uma amiga nossa. Quando uma mulher vai embora, um pouco de todas nós vai junto. Estamos aqui para pedir justiça por ela e por outras que podem vir a passar por isso. Não deixem esse crime se repetir com outras pessoas. Peço, em nome de Arlanza Jéssica, que esse homem seja punido e que esse caso não fique impune", declarou uma amiga da vítima em um vídeo.

O cortejo fúnebre percorreu as principais ruas da cidade, reunindo uma multidão que prestou as últimas homenagens à jovem. Natural de São José de Caiana, Arlanza vivia em Patos há anos, onde construiu sua trajetória profissional e era muito estimada pela comunidade.

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Como ocorreu o crime:

Arlanza foi morta com golpes de tesoura, e o principal suspeito do crime é seu ex-companheiro, Lúcio Ramay Oliveira Freitas, de 44 anos, um sargento reformado do Exército. Ele foi preso em flagrante na cidade de Santa Luzia, enquanto tentava fugir.

Inicialmente, o suspeito alegou à polícia que a vítima havia sido atacada por sequestradores dentro do apartamento. No entanto, essa versão foi considerada inconsistente e levantou ainda mais suspeitas contra ele.

De acordo com o delegado Claudionor, responsável pelo caso, amigas da vítima relataram que Arlanza e Lúcio mantinham um relacionamento recente e interagiam, principalmente, por mensagens. Na noite do crime, os dois foram vistos juntos em um espetinho próximo à antiga Campal, retornando depois para o apartamento da vítima.

As imagens de segurança do prédio mostraram que, naquela noite, apenas os dois entraram no local onde o corpo foi encontrado. Os proprietários do imóvel informaram que Lúcio nunca havia visitado o apartamento antes.

O delegado apontou que o crime foi motivado pelo sentimento possessivo do suspeito, que não aceitava o término do relacionamento. "A motivação [do crime] se tratou do sentimento possessivo que ele tinha com relação à vítima, e não aceitava as várias vezes em que a vítima acabava o relacionamento. [...] Uma amiga muito próxima da vítima disse que eles terminavam constantemente", explicou Claudionor.

Além disso, investigações preliminares indicam que Lúcio possui antecedentes criminais, incluindo porte ilegal de arma de fogo e ameaça. Ele também afirmou ser sargento reformado do Exército, lotado no 31º Batalhão de Infantaria Motorizado de Campina Grande, informação que ainda será confirmada pela polícia junto ao Comando do Exército.

A audiência de custódia está prevista para ocorrer ainda neste domingo (23), e o suspeito segue preso, à disposição da Justiça. A Delegacia de Homicídios e Entorpecentes de Patos continua com as investigações para esclarecer todos os detalhes do caso.

Blog do Jordan Bezerra 

Com informações do Patos Online