A Semana Santa em São Mamede, Paraíba, foi marcada pela retomada da tradicional encenação da Peça "Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo". O evento aconteceu na última Sexta-feira Santa, dia 18 de abril, no largo da igreja matriz, quebrando um jejum de sete anos.

Foi uma realização da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura e Artes, em parceria com a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição.

Cerca de 100 pessoas atuaram na trama, entre atores principais, figurantes, contrarregras, direção. É importante dizer que o elenco era formado por sãomamedenses, com destaque especial para os idosos do grupo “Saber Viver”, e às crianças e adolescentes do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos – da secretaria de desenvolvimento social e humano.

Essa retomada do espetáculo reuniu grande público de casa, além de turistas e pessoas vindas das cidades circunvizinhas. O prefeito Chaguinha Lopes prestigiou o evento, juntamente com a primeira-dama Vanilda Gambarra, secretários da Gestão, o presidente da câmara de vereadores Kival Júnior e demais colegas da Casa.

Registrou-se ainda a presença do pároco local, o padre Albany Barreiro, do ex-prefeito de São José do Sabugi, Segundo Domiciano, acompanhado de sua esposa Marcília Lopes, além do vereador de Santa Luzia, Nerinho Araújo.

Teatro “Paixão de Cristo”

Esse espetáculo teve início em 1989, um grupo de jovens da Igreja Matriz com o apoio do então padre da paróquia, Hugo Remígio, e a primeira encenação foi da via sacra, com 15 cenas feitas nas ruas da cidade. No ano seguinte, veio a criação do grupo de Teatro “Paixão de Cristo”, com novo formato, tanto textual como de personagens, apresentando a ‘vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo’.

Até 2017, a saga da Paixão de Cristo foi encenada pelo grupo. São fundadores da peça, o saudoso Salatiel Vitorino, a família de Dalvinha Leitão, os conterrâneos Nélson de Assis Medeiros, Manoel Terto, Aglimar Souto, Fagundes Gambarra (o primeiro a representar o Cristo), dentre outros nomes integrantes da época.

Nas últimas edições, o ativista cultural do município, Francisco de Assis França, mais conhecido por Noninho, esteve à frente do espetáculo. Mas vale lembrar que a Prefeitura vem contribuindo com sua realização ao longo dos anos e, agora, por intermédio da secretaria de cultura e artes, na pessoa de Yélina Rique, promove essa retomada, tendo como palco o largo da igreja matriz.