08/06/2025 - 11:59 - Gerais
Na última sexta-feira (06), um episódio envolvendo a recusa de atendimento médico a uma paciente de 61 anos mobilizou a opinião pública em Patos, no Sertão da Paraíba. A denúncia foi feita por Maricélia Tomaz, filha da idosa Maria Aparecida Tomaz, que, debilitada devido a um quadro de broncopneumonia, buscava atendimento na Unidade Básica de Saúde Dircé Xavier, localizada na área central da cidade.
De acordo com o relato de Maricélia, ela se dirigiu à unidade acompanhada da mãe e da filha de apenas 9 anos, na tentativa de dar continuidade ao tratamento de saúde iniciado anteriormente. A idosa havia sido atendida na UPA João Bosco de Araújo, no bairro Jatobá, apresentando sintomas preocupantes como febre alta, tosse persistente, fraqueza e dificuldade para respirar.
Ao chegar na UBS, foi informada de que o atendimento naquele dia estava restrito às gestantes. Mesmo assim, ela foi orientada a aguardar o término de uma consulta para, possivelmente, conversar com a médica de plantão.
No entanto, segundo a denúncia, ao apresentar a gravidade da situação, a médica responsável teria demonstrado resistência em acolher a paciente, argumentando que os atendimentos domiciliares — como o que ela sugeria ser necessário — ocorriam apenas às quartas-feiras. Maricélia afirma que, mesmo após insistir sobre a urgência do caso, a profissional se recusou a prestar o atendimento ou a providenciar qualquer encaminhamento médico.
A situação ganhou contornos ainda mais delicados quando, sentindo-se desamparada, a filha decidiu registrar a conversa com a médica usando o celular. Nesse momento, a médica teria tomado o aparelho de Maricélia e chamado a Polícia Militar. A chegada dos policiais levou à condução das partes à Delegacia de Polícia Civil, onde foi registrado um boletim de ocorrência.
Ainda de acordo com o relato, a médica teria proposto que o atendimento fosse realizado caso o vídeo fosse apagado — proposta recusada por Maricélia.
A filha da paciente afirmou que pretende acionar a Justiça contra a profissional de saúde, alegando omissão de socorro e abuso de autoridade. O caso gerou ampla repercussão nas redes sociais e levantou debates sobre o acolhimento na rede pública de saúde, especialmente em casos envolvendo pacientes em estado de fragilidade.
A Secretaria Municipal de Saúde ainda não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido até a publicação desta matéria.
Blog do Jordan Bezerra
Com informações do Patos Online
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