20/12/2025 - 18:02 - Gerais
Na noite da última sexta-feira (19), por volta das 20h40, a Polícia Rodoviária Federal atendeu a um grave sinistro de trânsito no km 10,7 da BR-361, no município de Patos/PB. A ocorrência foi do tipo atropelamento de animal, seguido de saída de pista, tombamento e queda de ocupantes, resultando em quatro pessoas feridas.
Os veículos envolvidos foram um automóvel Fiat/Uno Vivace, ano 2012, de cor preta, e uma motocicleta não identificada, que foi retirada do local antes da chegada da equipe da PRF. Conforme análise dos vestígios materiais, ambos trafegavam no sentido Patos/PB – Santa Terezinha/PB quando, ao atingir o referido quilômetro, o automóvel colidiu com um bovino que estava solto sobre a pista. Com o impacto, o veículo ficou desgovernado e saiu da rodovia, permanecendo o animal sobre a faixa de rolamento. Na sequência, a motocicleta que seguia à retaguarda também atropelou o bovino, ocasionando a queda de seus dois ocupantes.
O condutor do automóvel, um homem de 36 anos, não sofreu ferimentos. A passageira, uma mulher de 50 anos, foi socorrida por terceiros em estado grave para o Hospital Regional de Patos. A condutora da motocicleta, uma mulher de 29 anos, teve ferimentos leves. O passageiro, um homem de 55 anos, sofreu ferimentos graves e foi socorrido pelo SAMU ao Hospital Regional de Patos.
Ambos os condutores são habilitados e foram submetidos ao teste de alcoolemia, que não indicou consumo de bebida alcoólica.
Crítica severa e alerta à sociedade
A Polícia Rodoviária Federal faz um alerta contundente e necessário: deixar animais soltos às margens ou sobre a rodovia é um ato de extrema irresponsabilidade, negligência e desprezo pela vida humana. Não se trata de um fato isolado ou de um “acidente inevitável”, mas de uma conduta reiterada que transforma a rodovia em uma verdadeira armadilha para condutores e passageiros que nada têm a ver com a omissão de seus responsáveis.
Animais de grande porte soltos em rodovias federais representam um risco concreto e previsível, sobretudo no período noturno, quando a visibilidade é reduzida e o tempo de reação dos motoristas é mínimo. O resultado, como visto nesta ocorrência, são pessoas gravemente feridas, famílias marcadas pela dor e um sistema de saúde sobrecarregado — tudo isso por falta de responsabilidade básica de quem deveria zelar por seus animais.
É inaceitável que, em pleno perímetro rodoviário, vidas continuem sendo colocadas em risco por descaso. O proprietário do animal responde civil e criminalmente pelos danos causados, e a PRF reforça que seguirá intensificando ações de fiscalização, responsabilização e conscientização por meio de operações como a “Pista Não é Pasto”.
Rodovia não é curral. Animal solto mata, fere e destrói famílias. Responsabilidade não é opção, é dever.
Comunicação Social da 3ª Delegacia PRF
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