O Blog do Jordan Bezerra conversou, na tarde deste sábado (19), com o doutor em psicologia Luís Augusto Mendes, que falou sobre um tema pertinente: ANSIEDADE. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior número de pessoas com transtornos de ansiedade, atingindo cerca de 18 milhões de brasileiros.

A reportagem conversou com o doutor Luís, e questionou se todas as pessoas têm algum tipo de Ansiedade. Ele respondeu que nem toda preocupação ou medo é sinônimo de ansiedade, mas dependendo do nível, pode ser considerado como patologia.

“Eu prefiro dizer que nós temos preocupações, medo, temos estado de atenção, onde criamos, muitas vezes, tensões de resolver alguma coisa, de ter sempre algo para resolver. Eu prefiro usar o termo ansiedade no nível mais patológico. Mas sim, nós temos essa preocupação que nos faz caminhar de uma forma mais ajustada, porque temos compromisso, temos que trabalhar para gerar renda pra casa. Então nós temos uma vida onde temos preocupações, que nos levam a ter um comportamento de adaptação, às vezes temos que acelerar um pouco para seguir as rotinas do dia a dia. Então, temos esse sinal de preocupação, de estar ansioso no sentido de ter obrigações, e elas nos fazem acelerar um pouco a vida e nos força a adaptar às demandas do dia a dia”, afirmou psicólogo. 

Em seguida, o psicólogo foi questionado sobre a gravidade dos transtornos de ansiedade. Ele falou das etapas e dos níveis de transtornos, e da necessidade de ficar sempre atento aos sinais de evolução dos casos.

“Na verdade, nós chamamos de transtornos, no plural, porque o que nós chamamos de transtorno de ansiedade pode estar ligado a uma preocupação excessiva ou medo fora do comum, algum tipo de fobia, dependendo do nível do medo. Algumas pessoas têm fobias a objetos específicos, que fazem com que elas paralisem, ou mesmo a fobia social, onde algumas pessoas têm medo de estar em locais com muita gente ou locais de grande movimento. Então essa preocupação excessiva, esse medo excessivo é que vai se configurar como patologia, ansiedade, porque ela vai começar a atrapalhar a nossa vida cotidiana. Então o primeiro sinal onde começamos a identificar que já está caminhando para uma patologia é justamente quando a ansiedade não pode mais ser controlado, quando surgem os efeitos físicos no corpo, o coração batendo muito rápido, as mãos suando, a respiração ofegante, e, em alguns casos, temos até a condição médica que necessita de uma atendimento médico para controlar com medicamentos. Então, quando a preocupação é insistente e começa a perder o controle, aí é o momento que entendemos que, se não conseguimos controlar sozinhos, temos que procurar uma ajuda especializada, de um psiquiatra, psicólogo”, disse Luís Augusto. 

Por fim, Dr. Luis Augusto destacou a importância do conhecimento que a famílias tem uns com os outros para diagnosticar, de forma provisória, algum tipo de transtorno ou mudanças de comportamento.  

“Tanto a pessoa fazer essa alta avaliação como procurar ajuda especial. Muitas vezes começamos a dar alguns sinais que não percebemos porque estamos na rotina, mas a esposa percebe que o marido já não consegue mais dormir direito; o pai percebe que o filho já não consegue render mais nos estudos, as notas estão baixando. Então a família ela tem essa capacidade de reconhecer essas alterações no comportamento dos parentes. Portanto, é necessário sim que a família esteja atenta para essas mudanças na forma de viver dos seus filhos, pais, avós, podendo perceber que a ansiedade já está partindo para um nível fora do autocontrole”, expressou o doutor Luís.

Formação Acadêmica

Luís Augusto é formado em Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com experiência profissional em Marketing e pesquisa na área de comportamento do consumidor. Já a graduação em Psicologia foi pela Uninassau.

Ele possui Mestrado e Doutorado em psicologia social e realiza atendimento clínico em João Pessoa, voltado ao trabalho de valorização da saúde mental. Os contatos podem ser mantidos através do Instagran: @luisaugustomendes.

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