11/12/2024 - 09:01 - Policial
Policiais Militares da Paraíba vão usar câmeras acopladas ao corpo; 950 aparelhos estão previstos para janeiro de 2025
O secretário de Segurança Pública da Paraíba, Jean Nunes, concedeu entrevista ao Arapuan Verdade, nessa terça-feira, dia 10, e falou sobre o uso de câmeras corporais por policiais militares do estado. Ele disse que 950 aparelhos devem chegar já no início de 2025. Os oficiais deverão usar as câmeras durante todo o seu tempo de trabalho, como forma de monitorar a ação dos policiais e, segundo o secretário, legitimar a defesa.
O secretário negou que a decisão seja com o objetivo de perseguir os PM's, mas para garantir a eles a legítima defesa e comprovar versões contrárias à forma como os policiais agiram em determinado caso.
“A gente conseguiu fazer uma aquisição de 500 câmeras corporais, que vem dos Estados Unidos e, dentro de 60 a 90 dias, já estarão por aqui. Neste período, a gente vai capacitar e treinar os policiais”, argumentou o secretário.
Jean Nunes também argumentou que não é apenas a Polícia Militar que vai usar câmeras corporais. Ele disse que outros órgãos das forças de segurança deverão ter câmeras acopladas ao fardamento. O secretário disse ainda que não tem o objetivo de fiscalizar o trabalho da PM, mas sim garantir legitimidade e proteger os policiais.
“A nossa expectativa é de que, dentro de 60 dias, esses equipamentos já estejam aqui. Inicialmente, serão 500 câmeras corporais. Mas há um detalhe: paralelamente a essa licitação, nós inscrevemos a Polícia Militar em um edital do Ministério da Justiça com a expectativa de mais 450 câmeras, essas exclusivamente para a Polícia Militar. A chegada de câmeras corporais, para nós na visão do Estado da Paraíba, é de legitimar cada vez mais a ação dos nossos policiais, é de dar transparência à ação dos nossos policiais porque a gente sabe que a gente vive em uma legislação cada vez mais frouxa com relação ao endurecimento das prisões e, nas ações e nas audiências, a fala do policial é sempre relativizada, desvalorizada. E, quando a gente começa a ver as imagens, dá cada vez mais credibilidade ao que nossos policiais estão fazendo. A forma que foi passado isso desde o início foi como se fosse para fiscalizar os policiais. Aí, naturalmente, você vai encontrar uma resistência porque o policial já iria receber o equipamento com resistência, se não fosse o esclarecimento que a gente tem feito. E não é esse o objetivo. Desvios de conduta devem ser punidos e a Corregedoria está aí para isso. Agora, o equipamento vai chegar para dar legitimidade e proteger os nossos policiais de bem, que são a grande maioria, quase 100%”, acrescentou.
Os equipamentos podem ser acionados remotamente, por uma central de monitoramento, pode ser acionada pelos próprios policiais durante uma abordagem em que ele veja a necessidade, mas podem ficar gravando o tmepo todo, de forma ininterrúptar. Esta última opção deverá ser a escolhida, como recomendação do Ministério da Justiça do Brasil.
Assista à entrevista abaixo:
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