28/12/2024 - 12:45 - Policial
Durante uma coletiva realizada na tarde desta sexta-feira (27), o delegado Alex Wagner, diretor da Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE), confirmou que um pastor está sendo investigado por suspeita de envolvimento no assassinato do prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira, e de seu pai, Sandi Alves de Oliveira. O crime, ocorrido em 27 de agosto de 2024, ganhou novos desdobramentos com a inclusão do líder religioso entre os possíveis envolvidos.
Segundo o delegado, o pastor mantinha uma relação próxima com outras pessoas apontadas como mandantes do crime, incluindo a ex-prefeita Damária Jácome e a ex-vereadora Leidiane Jácome, que atualmente estão foragidas. Damária, que foi eleita vice-prefeita ao lado de Marcelo em 2020, assumiu a chefia do Executivo municipal em 2021, após a renúncia de Marcelo. Contudo, no ano seguinte, ela foi afastada do cargo por recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Norte, sob alegação de irregularidades administrativas.
“Foi preso hoje um pastor. Momentos antes do crime, ele disse onde estava o prefeito e disse para executarem o crime. Ele cogitou que o crime fosse executado dentro de um culto, onde o prefeito Marcelo visitava, porque era um momento que ele estava exposto e vulnerável. Mas aí encontraram um outro menor momento, quando ele estava fazendo campanha política. Ele estava visitando a casa dos moradores da cidade de João Dias em campanha política. Encontraram esse momento de vulnerabilidade e aí as sete pessoas executaram o crime” explicou o delegado.
Na época de sua renúncia, Marcelo Oliveira afirmou ter sido alvo de extorsão pela família de Damária, o que teria levado ao abandono do cargo de prefeito. Esse histórico de tensões e disputas políticas é um dos pontos centrais das investigações.
A operação policial, que mobilizou 40 agentes das equipes da Diretoria de Polícia Civil da Grande Natal (DPCIN) e da DIVIPOE, resultou no cumprimento de seis mandados de prisão e seis de busca e apreensão em residências localizadas nos municípios de João Dias, Patu e Marcelino Vieira.
“Isso gerou uma cisão política e pessoal entre as famílias. Ao longo dos anos, alguns irmãos de Damária foram mortos em confrontos. Com isso, eles começaram a imputar a Marcelo a responsabilidade pelas mortes, acreditando que ele estava entregando essas pessoas. Houve também a apreensão de um fuzil, atribuída a uma denúncia de Marcelo. Recentemente, houve uma nova disputa política entre os dois. Todo esse histórico culminou no crime”, concluiu.
Blog do Jordan Bezerra
Com informações do Tribuna do Norte
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