04/01/2023 - 16:39 - Política
Cachimbo da paz: Branco Mendes reflete e, em nome da amizade antiga, perdoa Adriano Galdino
Cachimbo da Paz: é o que parece uma publicação do deputado estadual Branco Mendes, que estava se estranhando publicamente com o deputado Adriano Galdino, presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, após suposto descumprimento de acordo da cúpula do Partido Republicanos, feito no início de dezembro, para as eleições da mesa diretora da Casa Legislativa.
O acordo seria que os deputados aliados do Republicanos deveriam votar em Branco Mendes para presidente da ALPB no primeiro biênio e votariam em Adriano Galdino para o segundo biênio, mas Galdino usou a imprensa para divulgar que seria candidato também no primeiro biênio, deixando Branco Mendes de lado, neste caso.
Após o anúncio, Mendes foi às rádios e sites e acusou Adriano Galdino de tê-lo traído, descumprindo um acordo feito em reunião.
Galdino tinha anunciado a desistência de concorrer à reeleição por questõe jurídicas e medo de sofrer impdimento para assumir, após mudanças na Constituição da Paraíba para alinhamento com a Constituição Federal, o que impede a reeleição para terceiro mandato consecutivo, que é o caso de Galdino. Mas ao perceber que havia possibilidade jurídica de ele concorrer normalmente, decidiu colocar o nome na disputa, o que irritou Branco Mendes.
Branco Mendes dizia até essa terça-feira, dia 3, que, mesmo que ele tivesse apenas um voto, o seu próprio voto, não iria desistir de concorrer à presidência. Mas nesta quarta, dia 4, ele voltou atrás e foi às redes sociais para justificar sua decisão:
"É lamentável permitir que uma amizade desapareça ao invés de encarar o conflito. Contudo, acredito que o restabelecimento do relacionamento carrega prioridade, sobretudo por aquilo que encaramos durante os últimos anos. Perdemos familiares, amigos e nos isolamos de tudo e de todos em razão de uma pandemia avassaladora que assolou o mundo [...] A minha amizade com Adriano nunca teve nenhum arranhão, sempre foi clara e sincera. Confesso que fiquei abalado com tudo que aconteceu, não somente pelo desejo de coroar minha carreira política como presidente, mas pela maneira como o conflito se desenrolou nas últimas semanas. No entanto, não existe nenhuma amizade perfeita. Nós, humanos, cometemos diversos erros que nos afastam daqueles que mais gostamos. Porém, a verdadeira amizade é comprovada pela capacidade de superação das fases negativas. Adriano respeitou a minha decisão, silenciou, mandou mensagens através de interlocutores e me procurou para o diálogo. Conversamos, nos perdoamos e decidimos reconstruir uma amizade consolidada há anos. Deixei baixar a poeira e começar o ano em paz com todos e, especialmente, comigo mesmo", declarou o deputado.
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