Em Portugal e no estado do Oregon-EUA, autoridades e especialistas estão avaliando o que deu certo e o que precisa de aperfeiçoamentos em relação a essas iniciativas.

O governo português definiu a política pública para as drogas em 2001, mas a discussão sobre a temática teve início em 1999. O país definiu que o uso de drogas como maconha, cocaína, heroína e outras mais pesadas contiruaria sendo proibido, mas, caso fosse flagrado, o portador não seria preso. O consumo segue sendo proibido, mas apenas multas poderiam ser aplicadas.

O país passou a permitir a compra e a posse de quantidade para até dez dias de uso. Os usuários, em vez de serem pesos, são fichados e encaminhados para tratamento de saúde, mas não são criminalizados e sequer presos. O país, hoje, debate a urgente reconsideração para o que foi definido e apelam para novas mudanças na política, considerada desastrosa no país. 

“Houve evolução, houve sucesso, mas foi durante muitos anos. E, portanto, agora precisamos de retomar essa capacidade de dar resposta às necessidades dos cidadãos”, diz subdiretor do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências, Manuel Cardoso.

Já no estado americano do Oregon, a liberação do uso de drogas ocorreu em 1973, cerca de 40 anos depois de as drogas serem proibidas no país. Oregon foi pioneiro na questão de liberação de drogas. Pela liberdade que os estados têm, bateram de frente com o país, que travava a maior guerra contra as drogas, no auge de campanhas que expunham o perigo do uso de drogas e os danos ao ser humano. 

“A gente viu que houve um aumento de uso e uso frequente em adultos com 26 anos ou mais, e um pequeno aumento em abuso e dependência também em adultos com 26 anos ou mais. Mas a gente não viu aumento de uso entre adolescentes”, afirma Silvia Martins, prefessora do Departamento de Epidemiologia da Universidade de Columbia.

Para o mercado, a legalização da maconha formalizou uma indústria que em 2022 arrecadou US$ 32 bilhões em vendas. Nos estados, resultou em aumento de receita, através da cobrança de impostos.

A liberação de drogas proporiconou uma multidão de pessoas vivendo em situação de rua, totalmente viciadas e dependentes, sem perspectiva de vida. É comum ver nos EUA filas enormes de pessoas em busca de uma marmita, muitas vezes a única refeição dos usuários de drogas que vivem pelas ruas das principais cidades. 

Além disso, o país registrou grande crescimento no número de mortes por orverdose. 

Blog do Jordan Bezerra | Política

Com informações do g1