12/11/2024 - 09:07 - Política
Operação “Caça-Fantasma” revela esquema de desvio de recursos públicos em Patos e cidades do Sertão
Uma nova fase da operação “Caça-Fantasma”, conduzida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), trouxe à tona um esquema de desvio de recursos públicos envolvendo prefeituras e câmaras municipais em diversas cidades do Sertão da Paraíba. A operação apontou irregularidades alarmantes, principalmente em Patos, onde foi descoberto o pagamento de salários a servidores falecidos, alguns mortos há até quatro anos. Segundo o MPPB, esses desvios configuram crime de peculato e ocorreram entre os anos de 2020 e 2022.
Além de Patos, o município de Conceição também foi envolvido nas investigações. O Ministério Público identificou oito funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Conceição, que recebiam salários sem cumprir qualquer atividade. Para evitar processos criminais, sete desses servidores assinaram acordos de não persecução penal e se comprometeram a devolver o dinheiro desviado.
Em Imaculada, outro caso incomum foi encontrado: um servidor com vínculos simultâneos na prefeitura local e na Assembleia Legislativa da Paraíba, em João Pessoa. Com uma distância de aproximadamente 350 quilômetros entre as duas cidades — cerca de cinco horas de deslocamento —, o servidor teria que realizar uma tarefa praticamente impossível para atender presencialmente nos dois lugares. O servidor também assinou um acordo de não persecução penal, comprometendo-se a reparar os prejuízos aos cofres públicos.
O promotor responsável pela operação afirmou que a situação em Patos é “inaceitável” e comprometeu-se a investigar todas as ocorrências de forma rigorosa, buscando a responsabilização dos envolvidos. Para ele, o desvio de dinheiro público para benefício próprio atinge diretamente a população, especialmente nos municípios do interior.
A operação “Caça-Fantasma” destaca a importância da fiscalização e transparência na administração pública. As descobertas em Patos, Conceição e Imaculada alertam as autoridades para a necessidade de controle mais rígido, enquanto o Ministério Público promete dar continuidade à investigação. A próxima fase deve focar nas regiões de João Pessoa e Guarabira, onde novas irregularidades podem ser descobertas.
Blog do Jordan Bezerra
Com informações de Blog do Negreiros
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