Na série de entrevistas realizadas com os vereadores eleitos da cidade de Patos, o entrevistado desta segunda-feira, dia 11 de novembro, foi o vereador reeleito Josmá Oliveira (MDB), que obteve 1.222 votos. Inicialmente ele falou de sua trajetória, natural de Cajazeiras, mas que aos 10 anos chegou a Patos. Filho de Manoel da Nóbrega e Carmélia Oliveira, e que desde muito cedo desejava ajudar ao povo. 

Questionado sobre o motivo que o fez entrar na política, ele afirmou que não sabe se é defeito ou virtude, mas tem uma inquietude em ver as coisas acontecerem e não ficar somente olhando, e por isso colocou seu nome à disposição da população para ajudar. Declarou que apresenta um forte senso de justiça. Questionado ainda se houve tempo de fazer política, visto que o período eleitoral durou apenas 45 dias, o vereador alegou que não fez sua campanha em 45 dias, mas sim durante os 4 anos de mandato, então o tempo não foi curto e o povo reconheceu seu trabalho.

Durante a entrevista, Josmá Oliveira foi questionado se houve, de fato, uma perseguição, durante seu mandato e ele afirmou que sim, destacando que foi perseguido pelo “grupo do mal”, do lado do gestor de Patos. Falando sobre o imbróglio que vem acontecendo envolvendo ele e o seu partido, o vereador afirmou que está tranquilo e que estão tentando derrubá-lo no “tapetão”, visto que não conseguiram no voto. Alegou que o MDB cumpriu toda a legislação, a cota de gênero foi cumprido, porém algumas mulheres desistiram na reta final, foram assediadas e pressionadas a desistir. Segundo o vereador, “forças ocultas” de Patos e até mesmo do município de Santa Terezinha fizeram uma verdadeira sabotagem com o partido. Ressaltou que determinada candidata chegou a alegar que só desistiria se tivesse morta e poucos dias depois desistiu da candidatura. Josmá destacou que nunca houve uma perseguição tão forte a um partido quanto houve nessa campanha.

Questionado sobre a desistência da Baronesa, Priscila Lima, filha do saudoso Pinto do Acordeon e presidente do MDB em Patos, Josmá Oliveira afirmou que faltou experiência. Questionado também em quem a Baronesa havia votado nas eleições de 2024, o vereador alegou que, ao que tudo indica, ela botou no atual prefeito Nabor Wanderley, o que causa estranheza, pois ela era uma grande crítica do governo até um mês antes da eleição.

Josmá Oliveira foi questionado se votaria em Tide Eduardo (Republicanos) para as eleições da Mesa Diretora da Câmara Municipal, e declarou que ainda não foi procurado pela presidente, mas alegou que tem um bom relacionamento com Tide e os demais vereadores. Afirmou que pode votar nela ou em outro candidato, porém ainda não foi procurado. 

O vereador fez uma avaliação do governo, e questionado o motivo pelo qual Nabor foi eleito com tamanha diferença de votos, ele alegou que houve um grande derramamento de dinheiro, jamais visto no município, unindo um grande poder aquisitivo e o poder da máquina pública, operando fortemente. Destacou que se não houvesse interferência monetária, ele próprio poderia disputar com o prefeito Nabor, ou Ramonilson contra Nabor, que a oposição sairia vencedora. Josmá Oliveira alegou que houve apenas um derrotado nessa campanha que foi o município de Patos.

Em uma participação de um internauta, o vereador foi questionado sobre o destino dos 21 milhões. Ele afirmou que o caso está sendo investigado e, em breve, haverá novidades sobre o processo. O vereador relembrou que assinou quase 400 vezes denúncias contra o prefeito Nabor Wanderley. Fez uma crítica também à distribuição de merendas escolares, que já foram encontradas fora da validade e também com tapuru. 

Falou também com relação ao governo Bolsonaro e declarou que foi o melhor presidente que o país já teve. Afirmou que o atual presidente Lula não está fazendo nada e acredita que Bolsonaro dará a volta por cima. Questionado se Bolsonaro enfrentaria Lula, ele alegou que falta somente Bolsonaro ser preso, como foi o atual presidente, e assim terá chances.

Finalizou agradecendo ao povo de Patos, que mais que dobrou sua votação, apesar de toda a perseguição que sofreu. Alegou que tentaram derrubá-lo de todas as formas e apesar de a oposição da Câmara ter apenas ele como integrante, o povo de Patos pode ter certeza que Nabor terá uma forte oposição na Casa. Declarou que já acionou a justiça, e é muito possível que o prefeito seja afastado da prefeitura após suas denúncias. Ressaltou que há uma grande diferença entre comprar e conquistar um mandato e ele mais uma vez conquistou o seu, diferentemente de outros candidatos a vereador que chegaram a gastar quase 1 milhão de reais. Finalizou agradecendo ao Blog do Jordan Bezerra pelo espaço e pelo seu trabalho.

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