02/12/2024 - 22:28 - Política
Os partidos PL, PSD e MDB estão no centro de uma controvérsia na Justiça Eleitoral, acusados de violar a cota de gênero durante as eleições municipais de 2024, em João Pessoa. As denúncias, feitas por candidatos e legendas rivais, colocam em risco os mandatos de seis vereadores eleitos para a Câmara Municipal da capital paraibana.
PL na mira por candidaturas supostamente fictícias
O PDT apresentou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) alegando que o PL teria usado candidatas fictícias para cumprir a exigência legal de participação mínima de mulheres nas chapas. De acordo com a denúncia, três candidatas – Jéssica Luana, Elaine de Souza e Helô Tavares – receberam valores significativos para suas campanhas, totalizando R$ 125 mil cada. Apesar disso, o desempenho eleitoral delas foi mínimo, com 37, 89 e 39 votos, respectivamente.
A ação também aponta que as candidatas não realizaram atividades de campanha, contrataram serviços fictícios e tinham equipes ligadas a outros candidatos do partido. A acusação pede a suspensão da diplomação dos eleitos, a cassação das candidaturas do PL e a inelegibilidade dos envolvidos.
Entre os afetados estão Carlão Pelo Bem, Durval Ferreira e Fábio Lopes, sendo este último uma novidade na Câmara, enquanto Carlão e Durval já ocupavam cadeiras no legislativo municipal.
MDB sob suspeita
O MDB também enfrenta acusações similares, desta vez levantadas por Alexandre Ítalo, suplente do partido Mobiliza. A denúncia pode impactar diretamente Milanez Neto, vereador reeleito, caso a Justiça decida pela cassação da chapa.
PSD também envolvido nas denúncias
No caso do PSD, uma candidata do PDT questionou a lisura das eleições municipais, apontando indícios de irregularidades relacionadas à cota de gênero. A acusação pode afetar o presidente da Câmara, Dinho Doswley, e o vereador eleito Guga Moov Jampa.
As investigações ainda estão em andamento, mas o desfecho dessas ações pode alterar significativamente a composição da Câmara Municipal de João Pessoa. Além disso, o caso levanta um alerta sobre o uso indevido da cota de gênero, uma medida criada para promover maior participação feminina na política.
A Justiça Eleitoral avaliará as provas e decidirá se as acusações procedem, podendo acarretar desde a anulação de votos até a inelegibilidade dos envolvidos.
Blog do Jordan Bezerra
Com informações do ClickPB
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