Líder da oposição na ALPB, George Morais, afirma que quem não deve não teme, sobre investigação dos secretários no caso Padre Zé

18/01/2025 - 00:06 - Política

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Líder da oposição na ALPB, George Morais, afirma que quem não deve não teme, sobre investigação dos secretários no caso Padre Zé

 

O líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado estadual George de Morais (União Brasil) concedeu entrevista nesta sexta-feira, dia 17 de janeiro, ao programa 60 Minutos da Rádio Arapuan, e falou sobre a denúncia envolvendo dois secretários do governo: Pollyanna Dutra e Tibério Limeira. 

 

Segundo George Morais, desde 2023 vem lutando para que a investigação ocorra, junto à CPI, e que defende o trabalho da oposição. Alegou que espera que o governador adote medidas cabíveis quanto à denúncia, e possa afastar ambos os secretários durante esse período de investigação.

 

O deputado ressaltou que os atos não podem sair impune, visto que são quase 150 milhões de reais envolvidos. Alegou ainda que irá solicitar investigação na Assembleia e irá se reunir com a oposição para solicitar o afastamento dos funcionários.

 

Relembre o caso:

 

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) apresentou uma denúncia no âmbito da Operação Indignus contra a secretária de Desenvolvimento Humano da Paraíba, Pollyanna Dutra, e o ex-secretário da mesma pasta, Tibério Limeira. Ambos são acusados de participação em um esquema que envolvia o pagamento de propinas para favorecer um grupo restrito de empresas na distribuição de alimentos.

 


 

A denúncia aponta que a prática ilícita consistia na exigência de "devoluções" por parte das empresas fornecedoras contratadas para o fornecimento de refeições para o Programa Prato Cheio e produtos destinados a instituições como o Hospital Padre Zé e a Ação Social Arquidiocesana, administradas pelo padre Egídio de Carvalho Neto.

 

Além dos dois gestores, outras 14 pessoas foram incluídas na denúncia, incluindo Amanda Duarte, tesoureira do Hospital Padre Zé, e Jannyne Dantas, diretora administrativa da instituição. O padre Egídio também foi citado por supostamente facilitar o desvio de recursos.

 

O MPPB revelou que Tibério Limeira teria recebido R$ 50 mil em diversas ocasiões, por intermédio de seu motorista, enquanto Pollyanna Dutra teria recebido R$ 70 mil, valor justificado pelo aumento do alcance do programa em novos municípios. Mensagens de WhatsApp, registros financeiros e testemunhos sustentam as acusações.

 

Os valores supostamente pagos como propina eram entregues em dinheiro vivo. Em um dos casos citados, padre Egídio teria instruído Amanda Duarte a sacar R$ 50 mil e entregar a Tibério Limeira, amarrando o montante em uma sacola com fita adesiva.

 

O esquema também incluía a predominância de empresas vinculadas a Kildenn Tadeu, que prestavam serviços para o Projeto Prato Cheio. Esses contratos somaram mais de R$ 18 milhões, de acordo com a denúncia.

 

Tibério Limeira afirmou que as acusações se baseiam em documentos sem validade legal e negou envolvimento no esquema. Pollyanna Dutra informou que ainda não teve acesso ao teor da denúncia, mas reforçou desconhecer qualquer irregularidade.

 

O Governo do Estado optou por não se pronunciar, enquanto a defesa de padre Egídio classificou as novas acusações como infundadas e sem suporte.

 

A Operação Indignus investiga uma série de crimes, incluindo lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos, estelionato e apropriação indevida de doações destinadas a instituições beneficentes. O caso trouxe à tona questionamentos sobre a gestão de recursos públicos e a integridade das ações voltadas para o atendimento de populações vulneráveis.

 

O Blog do jordan Bezerra deixa o espaço aberto, caso os secretários Pollyanna Dutra, Secretária de Desenvolvimento Humano, e também Tibério Limeira, Secretário de Administração, queiram se manifestar acerca do caso.

 

Blog do Jordan Bezerra