O governador João Azevêdo criticou o evento dos policiais estaduais realizado na última sexta-feira (14), em frente à Granja Santanna, afirmando ser um evento ‘bancado por parlamentares’.

Conforme observou o ClickPB, as afirmações foram feitas durante o Programa Conversa com o Governador, transmitido pela Rádio Tabajara nesta segunda-feira (17).

De acordo com João Azevêdo, os parlamentares que organizaram o protesto “nunca colocaram um centavo na segurança pública” e afirmou que fazem “um discurso fácil”.

“A manifestação envolve parlamentares que nunca colocaram um centavo na segurança pública do estado. Então é importante a gente fazer essa leitura, coincidência as vésperas de um ano antes da eleição começam essas figuras a chegarem, passam quatro anos sem aparecer aqui e numa hora que está perto das eleições começam a aparecer fazendo um discurso fácil, discurso fácil dizendo que se paga menos colocando dados que não são verdadeiros para a população”, explicou o governador.

O governador também comentou sobre as médias de salário dos profissionais, afirmando ser ‘alta’.

“Eu gosto de trabalhar com a verdade. A verdade está lá, os dados do Tribunal de Contas do Estado. Se você for fazer uma pesquisa, você vai ver que tem delegados de polícia cujo salário varia de 20 mil a 40 mil reais. Delegado tem 41 que recebe até 20 mil reais, tem 106 que recebe entre 20 e 30 mil e tem 172. Que recebe entre 30 e 40 mil reais. Então, a média com certeza era uma média alta em torno de 28.840”, destacou João.

“Se você vai para o escrivão de polícia, você tem 68 que ganham até 5 mil, mas tem 281 que ganha entre 5 mil e 10 mil. E tem 158 que ganha entre 10 mil e 18.750, o que faz com que uma média seja acima de 8.350 reais. Escrivão. Quando você pega um investigador de polícia, só tem 56 que ganham até 5 mil. De 5 mil a 10 mil, 434. De 10 mil a 20 mil, 861, o que dá uma média acima de 10 mil reais.”

“Quando você vai para o policial penal, você só tem 21 policiais penais que ganham até R$ 5.000, entre R$ 5.000 e R$ 10.000 são R$ 770.000. De R$ 10.000 a R$ 19.793 são R$ 1.631. Ou seja, você tem uma faixa, uma média bem acima do normal em torno de R$ 10.087. Dos policiais penais. Então é importante ver, se você for pra polícia militar, nós temos um salário base de acima de R$ 5.000, mas quando você faz o levantamento da folha de pagamento, você vê que apenas 81 soldados ganham R$ 5.000. R$ 477 ganham até R$ 7.000, R$ 559 ganham até R$ 10.000.”

“Tem 11 que ganham entre 10 e 15 mil reais. Para todas as categorias, o cabo até 5 mil só tem 104, mas de 7 mil a 10 mil tem 712 e de 7 mil a 10 mil tem 1.395 e de 10 mil a 15 mil tem 54. Eu vou pegar uma outra patente aqui, capitão, até 20.315, de 20 mil a 30 mil, 101. Major, até 20 mil tem 78, de 20 mil a 34 mil, 127. Tenente Coronel, até 20 mil tem 23, de 20 a 35.599. Coronel, até 30 mil tem 19 e de 30 mil a 37,857 tem 29.”

“E se ele vai para a reforma, ele leva quanto agora? Agora leva praticamente tudo, porque nós já incorporamos 80% daquela famigerada bolsa que estava sendo colocada. É importante dizer que, dentro desses valores, nós temos pago, com a ajuda de custos para os servidores, no caso da Polícia Civil, uma média de R$ 4.320 de ajuda de custo. No Policial Penal, em torno de R$ 3.468. Policial Militar, R$ 2.605 de ajuda de custo. Isso tudo faz sem sombra de dúvida que a nossa média salarial não seja o que se discute e que se coloca de uma forma equivocada intencional ou não, de se comparar a coisas que são diferentes. Se compara a coisas que são diferentes. Nós, na última quinta-feira, eu determinei que todos os secretários recebessem as entidades, houve um diálogo extremamente tranquilo, chega na sexta-feira, se faz um movimento, onde a grande maioria, é natural, se comportou de uma forma tranquila, mas algumas se excedem na fala, inclusive com algumas ofensas, com relação ao governo onde não cabe e politizando um processo administrativo.”

O governador revelou também que uma nova reunião está marcada para esta quinta-feira (20). “Já tem outra reunião marcada na quinta-feira, onde receberemos aqueles que querem dialogar, os que não querem não serão chamados, mas tem que haver respeito”, finalizou.

ClickPB