O deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) usou a tribuna da Câmara dos Deputados para denunciar o que chamou de perseguição por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e de membros da Polícia Federal. Em discurso veiculado em suas redes sociais nessa quinta-feira, 23 de maio, o parlamentar afirmou que está sendo alvo de um inquérito instaurado em 2023, o qual classificou como uma tentativa de intimidação contra seu mandato.

Durante sua fala, Cabo Gilberto alegou que a intimação teria partido da Coordenação de Inquéritos dos Tribunais Superiores da Polícia Federal. Segundo ele, trata-se de uma denúncia anônima e antiga, da qual só agora estaria sendo chamado a prestar esclarecimentos. O parlamentar argumentou que isso configuraria uma ação política e questionou a legalidade do processo.

 


“Vejam se isso não é perseguição, vejam se isso não é inquisição, vejam se isso não é intimidação ao Congresso Nacional”, afirmou. O deputado ainda declarou que, apesar da pressão, continuará exercendo suas funções e defendendo suas posições políticas. “Eu não estou aqui de graça não, senhores. Eu tive quase 130 mil votos no Estado da Paraíba, sem nenhum prefeito.”

 


Cabo Gilberto também criticou o que considera interferência de ministros do STF na condução de investigações, alegando que há trocas de delegados quando o andamento dos inquéritos não atende ao que seria a vontade da Corte. “Se não for da vontade do ministro, eles mudam o delegado, isso é democracia?”

 


O parlamentar negou ter cometido qualquer crime e disse estar sendo investigado por declarações que teria feito sobre o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, sugerindo que ele teria a intenção de fechar o Congresso Nacional. Ele concluiu pedindo apoio de colegas parlamentares de todos os espectros políticos para “restabelecermos o Estado de Direito”.

A Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal ainda não se pronunciaram publicamente sobre as declarações do deputado.

Blog do Jordan Bezerra