Em Patos, enquanto os olhares da população ainda se voltam para os desdobramentos do último pleito municipal, nos bastidores do Legislativo a engrenagem política já gira em ritmo acelerado. Com o fim da gestão de Tide Eduardo à frente da Câmara Municipal, o ambiente interno da Casa Juvenal Lúcio de Sousa dá sinais claros de que uma nova configuração de poder está sendo desenhada — longe dos holofotes, mas com implicações diretas sobre o futuro político da cidade.

A presidência da Câmara, que nos últimos anos funcionou como uma peça-chave de articulação política local, está prestes a mudar de mãos. Tide Eduardo, impedida de disputar mais um mandato após três biênios consecutivos no cargo, encerra um ciclo e, com isso, reabre a disputa pelo comando do Legislativo patoense.

 


Fontes ligadas ao parlamento confirmam que, embora não haja uma chapa oficialmente lançada, há movimentos coordenados entre vereadores com o objetivo de formar maioria e emplacar um nome que represente a unidade do grupo. O vereador Maikon Minervino aparece nesse contexto como figura central em articulações recentes. Em encontros ocorridos no último fim de semana, ele esteve cercado de nomes como Décio, Fátima Bocão, Lúcia de Chica Motta, Nadir, Ítalo Gomes, Brenna Nóbrega e Marco César. A presença de David e Júnior Contigo em outros momentos do mesmo circuito reforça a ideia de um bloco em consolidação.

 


O grupo já se aproxima numericamente da maioria necessária — nove votos dos 17 parlamentares — e indica que a escolha será feita com base no diálogo interno e no sentimento de convergência, como afirmou o próprio Maikon à Contexto News: “se for a união do grupo e consenso, estou a disposição”.

A disputa, no entanto, não se limita à presidência da Câmara. Ela reflete uma reorganização política mais ampla. Com a cadeira da presidência prestes a vagar, cresce a especulação sobre o futuro de Tide Eduardo. Entre aliados e observadores, há quem aposte que ela poderá disputar a Prefeitura, reposicionando-se como figura de peso na política majoritária. Outros nomes também aparecem como potenciais concorrentes ao Executivo, como o atual vice-prefeito Jacob Souto, o ex-prefeito Sales Júnior e, em algumas rodas mais estratégicas, o próprio Maikon Minervino, o que revela o grau de entrelaçamento entre os bastidores legislativos e o tabuleiro político municipal.

Ao que tudo indica, a disputa pela presidência da Câmara neste segundo semestre de 2025 não será apenas uma troca de comando interno. Será, sobretudo, o primeiro grande movimento de reposicionamento político de lideranças que se preparam para um novo ciclo eleitoral em Patos.



Blog do Jordan Bezerra

Com informações de Contexto News