11/06/2025 - 00:18 - Política
Uma revelação feita pelo jornalista Bruno Pereira, da TV Arapuan, mexeu com o cenário político da Paraíba nas últimas horas. A informação, segundo ele, veio de fontes próximas ao núcleo do governador João Azevêdo e aponta que já teria ocorrido uma reunião interna com a possível definição da chapa majoritária governista para as eleições de 2026.
De acordo com a apuração de Bruno, a composição sugerida teria Lucas Ribeiro (PP), atual vice-governador, como cabeça de chapa concorrendo ao Governo do Estado. João Azevêdo (PSB) concorreria ao Senado, assim como Nabor Wanderley (Republicanos), atual prefeito de Patos e pai do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Para a vaga de vice-governador, o nome escolhido seria o do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos).
A possível formação contempla, portanto, duas vagas para o Republicanos, partido que tem reforçado nos bastidores a necessidade de protagonismo, como já afirmaram lideranças como Hugo Motta, Galdino e Wilson Filho. No entanto, o que causou alvoroço foi a ausência do nome do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), que desde o início do ano tem intensificado visitas pelo interior e é tratado como pré-candidato natural ao Governo do Estado.
A situação causou surpresa e desconforto, sobretudo após declarações anteriores do próprio Cícero, que afirmou estar disposto a disputar o cargo caso “o cavalo passasse selado” — ou até mesmo sem cela. A exclusão de seu nome da possível chapa levantou a dúvida: quem teria sido o responsável por tirá-lo do “cavalo” no meio da corrida eleitoral?
Em entrevista recente, Messinho Lucena, filho do prefeito, foi direto ao comentar que não acredita que os Lucena fiquem fora da disputa e que o pai ainda tem papel relevante no projeto político estadual. A oposição, por sua vez, viu no episódio uma oportunidade: o ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) declarou que Cícero será muito bem-vindo à oposição, mesmo tom adotado pelo deputado estadual George Morais (União Brasil), líder oposicionista na ALPB.
Cícero, até o momento, encontra-se em viagem internacional em Israel e não comentou publicamente sobre a possível exclusão. Questionado sobre a situação e sobre a fala do jornalista Bruno Pereira, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), liderança da legenda de Cícero, limitou-se a responder: “Eu resolvo”, o que deixou ainda mais interrogações no ar.
Com a movimentação precoce das peças no xadrez político paraibano, resta saber se haverá espaço para diálogo ou se o racha na base governista se tornará inevitável. O desfecho dependerá da resposta de Cícero e dos próximos passos do PP no cenário estadual.
Blog do Jordan Bezerra
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