As articulações para as eleições estaduais de 2026 seguem movimentando os bastidores da política paraibana. Nesta segunda-feira (15), o deputado federal Gervásio Maia (PSB), conhecido como Gervasinho, reforçou publicamente sua crença na formação de uma chapa composta por Lucas Ribeiro como candidato ao Governo do Estado, João Azevêdo concorrendo ao Senado e Nabor Wanderley como segundo nome para o Senado. A declaração de Gervásio corrobora uma informação divulgada anteriormente pelo jornalista Bruno Pereira, da Arapuan de João Pessoa, e reacende as especulações sobre a possível configuração da base aliada.

No entanto, a fala de Gervásio vai de encontro à posição oficial apresentada pelo governador João Azevêdo (PSB), que voltou a adotar um tom cauteloso em relação à definição da chapa majoritária. Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira, João afirmou que a imprensa está “muito ansiosa” e criticou o que classificou como “barrigada” — termo jornalístico usado para descrever informações precipitadas ou equivocadas. O governador deixou claro que “não há chapa fechada” e que qualquer definição oficial só será feita em 2026.

Em meio às divergências de discurso, o presidente estadual do Republicanos e também presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, reforçou nesta segunda-feira que seu partido continuará defendendo protagonismo na composição majoritária. “Protagonismo”, segundo Motta, significa liderar a chapa ou, no mínimo, garantir duas vagas importantes — seja para o Senado ou na vice-governadoria.

Enquanto os bastidores se agitam com posicionamentos desencontrados, uma pergunta segue sem resposta: qual será o papel do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), nesse novo arranjo político? Apesar de ser um nome de peso e de grande relevância na capital, Cícero ainda não teve seu espaço garantido publicamente nas negociações, o que amplia as incertezas dentro da base governista.

Blog do Jordan Bezerra