A condução dos trabalhos legislativos na Câmara dos Deputados foi colocada à prova nesta semana, após parlamentares da oposição ocuparem a Mesa Diretora em um ato de protesto. O episódio aconteceu na última terça-feira, 5 de agosto, e gerou reação direta do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que avalia possíveis medidas disciplinares.

O protesto teve como estopim a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A oposição reagiu, pressionando o comando do Congresso a pautar dois temas sensíveis: a proposta de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro e o processo de impeachment contra o magistrado do STF.

 


Diante da tensão instalada no plenário, a Mesa Diretora editou um ato para garantir a realização da sessão deliberativa, remarcada para a noite de quarta-feira (6). O documento também reforçou que ações com o objetivo de obstruir os trabalhos legislativos podem levar à suspensão do mandato parlamentar, com base no regimento interno.

Segundo Hugo Motta, a análise das imagens e dos pedidos de líderes partidários será fundamental para a definição sobre eventuais punições. A decisão, no entanto, não será unilateral: caberá à Mesa Diretora deliberar em conjunto sobre as consequências aos envolvidos.

Blog do Jordan Bezerra 

Com informações de CNN Brasil