O Blog do Jordan Bezerra conversou, nesta quinta-feira, 18 de setembro, com o deputado federal Cabo Gilberto (PL). Ele comentou a votação de urgência do projeto da anistia, alvo de críticas da esquerda, e avaliou que a medida é necessária.

 


“A urgência é importante para trazer paz social ao Brasil”, afirmou. O parlamentar citou casos de pessoas que, segundo ele, seriam “presos políticos, injustiçados e até exilados políticos”. Acrescentou ainda que há “censura e ditadura do Judiciário”.

 


Cabo Gilberto destacou que a Constituição prevê a possibilidade de anistia. “Eu espero que o Parlamento dê resposta com base no artigo 48 da Constituição, como também no artigo 5º, que diz quais são os crimes que não prevê anistia. Nós sempre tratamos com a verdade, porque a verdade ultrapassa todas as barreiras.”

 


Hugo Motta e o centrão

Questionado sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta, e se teria cedido à pressão do centrão, o deputado negou. “De forma alguma. Ele sempre falou que se tivesse a maioria, ele votava. E assim foi feito.”

Segundo ele, houve resistência inicial dos líderes partidários. “Tivemos a maioria das assinaturas, quando levamos ao colégio de líderes, eles foram contra. Daí fomos convencendo os líderes. Assim que ficaram favoráveis, ele pautou o projeto.”

Para Cabo Gilberto, Motta cumpriu o papel de presidente da Casa. “Ele fez o que deveria ser feito, porque governa para todos. Mas a situação dele não é fácil, já que pegou o Brasil numa situação difícil.”

Tramitação no Senado e Bolsonaro

 
Sobre a possibilidade de aprovação no Senado, o deputado afirmou que a estratégia será por etapas. “Um dia de cada vez. Vamos trabalhar para passar na Câmara, depois no Senado, e lógico, tirar o presidente Bolsonaro também, como os demais presos políticos.”

Ele também comentou sobre a saúde do ex-presidente. “O presidente agora vai lutar contra o câncer, infelizmente. Foi diagnosticado, tem a barriga toda costurada de várias cirurgias depois da tentativa de assassinato. A situação é muito crítica, mas não iremos abrir mão de defender o presidente.”

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