O Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que esclareça suspeitas de manter funcionárias fantasmas em seu gabinete. A área técnica do órgão concedeu um prazo de 15 dias para que o deputado apresente documentos e informações que comprovem o exercício das atividades pelas servidoras investigadas.


As suspeitas surgiram após uma reportagem da Folha de S. Paulo, publicada em julho, revelar que três funcionárias de Motta acumulavam o cargo de assessoras parlamentares com outras ocupações. Entre elas estão uma fisioterapeuta e uma assistente social que trabalhavam em uma prefeitura da Paraíba e recebiam salários de R$ 11,4 mil e R$ 1,7 mil, respectivamente. Ambas foram exoneradas após a divulgação do caso.


O parecer técnico do TCU indica que os fatos relatados podem representar prejuízo aos cofres públicos e, por isso, considerou necessária a coleta de informações junto ao gabinete do parlamentar antes da análise definitiva sobre a admissibilidade da representação.


As servidoras eram lotadas no cargo de secretárias parlamentares, com jornada de 40 horas semanais e impedimento de exercer outra função pública. Apesar disso, a Folha apontou que elas mantinham rotinas incompatíveis com o trabalho no Legislativo. Como o cargo não exigia controle de ponto biométrico, as funcionárias atuavam de forma remota.


Hugo Motta, em nota divulgada à época, defendeu a regularidade do trabalho de sua equipe e afirmou que todos os servidores cumprem suas funções conforme as normas da Câmara dos Deputados.

Blog do Jordan Bezerra 

Com informações de Fonte83