A sessão da Câmara Municipal de Santa Terezinha, realizada na última sexta-feira (25), ganhou repercussão após o vereador Pedro Sopa (PSDB) utilizar a tribuna para relatar a morte de sua mãe, Francisca Vieira, durante internação no Hospital Regional de Patos. O parlamentar acusou a unidade de saúde de suposta negligência médica, apontando demora na identificação de uma infecção provocada pela bactéria KPC, o que, segundo ele, teria agravado o estado clínico da paciente, culminando em seu óbito.

Diante da gravidade das declarações, o Blog do Jordan Bezerra entrou em contato com o diretor técnico do Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, Dr. Pedro Augusto, que se pronunciou sobre o caso.

Em vídeo, o médico explicou que a paciente deu entrada na unidade em estado gravíssimo, aos 81 anos, portadora de diversas comorbidades cardíacas, e apresentando um quadro de hipercalemia – excesso de potássio no sangue – condição que pode provocar arritmias fatais. “Ela chegou com bloqueio na condução elétrica do coração e, se não fosse tratada rapidamente, poderia ter evoluído para uma parada cardíaca”, esclareceu.

De acordo com o diretor, a equipe hospitalar adotou medidas imediatas, como a instalação de marcapasso e realização de diálise, além do tratamento clínico intensivo ao longo dos 68 dias em que a paciente permaneceu internada. Ainda segundo Dr. Pedro Augusto, devido ao longo período de internação e à gravidade do estado de saúde, surgiram complicações típicas de pacientes críticos, incluindo infecção hospitalar.

“Infelizmente, durante o internamento prolongado, a paciente teve queda de imunidade e desenvolveu um quadro infeccioso. Iniciamos o tratamento com antibióticos de amplo espectro assim que os sinais clínicos surgiram, conforme o protocolo estabelecido pelo setor de epidemiologia do hospital”, afirmou. Posteriormente, confirmou-se que a infecção era causada pela bactéria KPC, uma superbactéria de difícil combate.

Em resposta direta às acusações de negligência feitas pelo vereador, o médico foi categórico: “Não houve omissão de atendimento em momento algum. A paciente foi assistida por toda a equipe com o máximo de cuidado e dentro dos protocolos adequados. Lamentamos profundamente o falecimento, mas precisamos esclarecer que a denúncia não corresponde à realidade do que foi feito no hospital.”

Dr. Pedro também afirmou que o hospital está aberto para acolher qualquer denúncia, e que, se necessário, o prontuário da paciente será analisado para garantir transparência no processo.

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