24/02/2020 - 08:46 - Esportes
Vasco no Maracanã
A realização da partida entre Vasco e ABC no Maracanã, dia 5, pela Copa do Brasil, será como um afago do clube carioca em sua torcida. Em especial, no seu sócio-torcedor. A nuvem de notícias não muito boas que paira sobre São Januário desde dezembro teve seu efeito no programa Gigante. Do dia 27 do mês doze até o último domingo, 3.818 torcedores deixaram o quadro de sócios.
Tratam-se de vascaínos que não entraram no movimento de associação em massa, implementado pelo desconto de 50% nas mensalidades na promoção de Black Friday e que contou com pagamento adiantado de seis meses. Vieram antes e, de alguma forma, foram afetados pela virada de ano conturbada do clube.
Há outros fatores que podem explicar a ligeira queda no número de sócios, longe de ameaçar o Vasco na posição de clube com maior quadro social do futebol brasileiro. O começo do ano, com jogos do Campeonato Estadual, teoricamente de menor apelo, pode desestimular o torcedor a seguir pagando mensalidades de olho nos descontos na compra de ingressos.
Além disso, ficou mais difícil para o sócio-torcedor garantir seu lugar em São Januário em jogo de muito apelo, uma vez que a capacidade do estádio (22 mil torcedores) é pequena para o tamanho da demanda por ingressos. Para se ter uma ideia, na estreia na temporada, contra o Bangu, sócios-torcedores ficaram com 73,6% de um total de 18.361 ingressos vendidos.
É aí que entra o Maracanã. Ao transferir o jogo para o estádio, o Vasco prestigia o sócio-torcedor, que terá mais facilidade para conseguir um lugar no estádio. Na última rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado, contra a Chapecoense, no Maracanã, o time colocou nada menos que 67.395 presentes (61.021 pagantes). Desses, 33.861 eram sócios-torcedores. Se todos eles tentassem ingressos para um jogo em São Januário, boa parte não conseguiria.
O Globo
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