Centenas de pessoas se reuniram no fim da tarde de hoje no campus da UFPB de João Pessoa para um protesto contra a nomeação do professor Valdiney Veloso Gouveia, terceiro colocado na consulta à comunidade acadêmica, como novo reitor da instituição. Durante o ato, o acesso ao campus no sentido Bancários – Centro chegou a ser bloqueado por aproximadamente 20 minutos. Alunos, professores, servidores e representantes de movimentos sociais foram ao campus I protestar pela escolha do presidente não ter respeitado a vontade da maioria dos docentes, discentes e servidores. A mais votada na consulta foi Terezinha Domiciano.

Nesta sexta-feira, 6, está marcada uma plenária virtual às 9h, com os treês segmentos acadêmicos (professores, técnicos e estudantes) com a finalidade de definir uma agenda contra a posse de Valdiney Veloso.

“Com esse interventor, não vamos sair do front da luta e vamos permanecer até que as reitoras eleitas sejam empossadas. Os professores Valdiney e Liana devem saber que não vai ter arrego, mas luta. Eles não têm como estar à frente da UFPB sem a autorização da comunidade acadêmica”, disse Nívia Pereira, da coordenação do Fórum de Mulheres em Luta da UFPB.

Mônica Nóbrega, que integrou a chapa vencedora na condição de vice, disse que a notícia da nomeação do candidato menos votado causou surpresa: “Eu esperava que fosse respeitada a eleição da UFPB e depois de passada a surpresa, todo o movimento que surgiu nos fortaleceu. Agora, o momento é de luto, mas de luta. Este é um movimento que está para além de Terezinha e Mônica. É pela autonomia da universidade e nós jamais poderíamos estar de fora”.

Nesta quinta-feira, a ADUFPB divulgou uma nota repudiando a decisão do presidente Jair Bolsonaro de nomear a chapa formada por Valdiney Veloso Gouveia (reitor) e Liana Filgueira Albuquerque (vice-reitora). Além de terem a menor quantidade de votos na eleições, eles também não receberam nenhum voto do Conselho Universitário (Consuni), quando da formação da lista tríplice.

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