Nesta sexta-feira, 5 de abril, completa-se quatro anos de uma dor que ainda pulsa forte no coração de uma família sertaneja. Miguel Lilioso de Lucena, aos 75 anos, não resistiu a complicações durante uma cirurgia em uma artéria da perna e faleceu no Hospital de Trauma de Campina Grande. Natural de São José de Espinharas, quando ainda pertencia a Patos-PB, ele deixou um legado de amor, amizade e dedicação à família.

Casado com Maria do Socorro Bezerra Régis, formou uma grande família com 12 filhos e, atualmente, 15 netos. Era reconhecido como um homem de muitos amigos, daqueles que cativavam com simplicidade, palavras sinceras e um coração sempre pronto a ajudar.

A lembrança de Miguel continua viva em cada canto da Fazenda Nossa Senhora de Lourdes, em Catingueira-PB, local onde a memória dele se renova com intensidade. A presença dele se faz sentir mesmo na ausência, nas paisagens do sertão, nos momentos em família e nas conquistas que ele tanto valorizava.

A luta de Miguel e Maria do Socorro para criar os filhos foi marcada por sacrifícios e determinação. Ele se orgulhava profundamente de cada passo dos filhos — desde os primeiros empregos até a conclusão dos estudos. Um exemplo foi quando, com esforço, comprou três bicicletas para que os filhos pudessem estudar em Santa Terezinha, percorrendo diariamente cerca de 25 quilômetros. A vitória de cada um era uma alegria para ele, que fazia questão de partilhar o orgulho com os amigos da região.

Além do amor pela família, Miguel era conhecido por sua generosidade e fé. A frase que sempre dizia — “Morre o homem e fica o nome” — hoje ecoa como verdade. Seu nome permanece forte na lembrança de quem conviveu com ele, refletido nos inúmeros gestos de carinho e respeito recebidos desde sua partida.

Para a família, resta a saudade imensa, o orgulho de sua história e a responsabilidade de preservar seus ensinamentos. O sertão perdeu um homem bom, mas o céu ganhou um coração gigante. Que descanse em paz, Miguel Lilioso, e que sua memória continue sendo luz para todos os que ficaram.

Blog do Jordan Bezerra