A situação de pacientes oncológicos em busca de tratamento adequado ganhou mais um capítulo em Patos. Luiz Batista de Lucena, atendido pelo Hospital do Bem, procurou a imprensa nessa quarta-feira, 09 de abril, para denunciar a demora na entrega do medicamento Abiraterona, indispensável para o controle de sua condição de saúde.

 


Segundo Luiz, a solicitação do remédio foi feita no dia 21 de janeiro, junto à 6ª Gerência Regional de Saúde (GRS), mas, quase três meses depois, o medicamento ainda não foi entregue. “Eu não consegui ainda, não. Eu dei entrada, faço tratamento no Hospital do Bem, mas até agora, nada”, disse o paciente, demonstrando preocupação.

 


Ainda segundo ele, a justificativa repassada seria a falta de repasse de recursos por parte do Estado. “Me disseram que o governo do estado não está repassando o dinheiro para fazer a compra do medicamento. Só que tem muita gente dizendo que está recebendo. E aí, eu fico sem, me prejudicando”, afirmou.

Na tentativa de garantir acesso ao remédio, Luiz recorreu à Defensoria Pública, mas se deparou com entraves burocráticos. “É uma burocracia danada… só pra poder levar a papelada e dar entrada”, lamentou.

 


Em resposta ao Blog do Jordan Bezerra, o gerente da 6ª GRS, José Francisco de Souza (Zeca), explicou que o medicamento está em fase final de aquisição por meio de licitação conduzida pela Secretaria de Estado da Saúde. “A medicação em questionamento realmente ela está em falta porque está em fase de final de compra pela Secretaria de Estado”, disse.

 


Zeca destacou ainda que a responsabilidade pela compra do medicamento não é da gerência regional. “Nós não compramos medicação. Nós não recebemos dinheiro do governo do Estado para comprar medicação aqui em Patos”, esclareceu. Segundo ele, os medicamentos são enviados diretamente de João Pessoa para as regionais, após a conclusão do processo de licitação e cadastro dos pacientes.

 


O gerente reconheceu a gravidade da situação e se comprometeu a cobrar agilidade. “Nos compromissamos mais uma vez em pressionar o setor de compras da Secretaria Estadual para que dentro da legalidade eles possam nos mandar essa medicação o mais rápido possível”, concluiu.

 


Enquanto isso, pacientes como Luiz seguem aguardando uma solução para continuar seus tratamentos com dignidade e sem interrupções.

Blog do Jordan Bezerra 

Com informações de Patos Online