Crise hídrica em Patos: Barragem da farinha atinge 6,75% e pode secar até dezembro 
A escassez de chuvas tem agravado a situação hídrica na região de Patos, Sertão da Paraíba, e os principais mananciais que abastecem a cidade estão próximos de colapsar. A Barragem da Farinha, localizada na zona sul do município, chegou a apenas 6,75% de sua capacidade, segundo dados atualizados desta segunda-feira (22). Atualmente, o reservatório conta com 1.737.190,00 m³ de água, de um total de 25.738.500,00 m³.

 
De acordo com o gerente Regional das Espinharas da Cagepa, Jônatas Raulino, a situação já é considerada emergencial.“Pabhlo, já está abaixo dos 10%, mas depende muito do que a AESA vai considerar como volume morto. Ainda não atingimos a cota da tomada de fundo, que é a caixa por onde sai a água. Se a AESA considerar essa caixa como volume morto, então já estaríamos nessa condição. Mas a previsão é que não tenhamos mais água para captar da Farinha até dezembro”, explicou.

 
Além da falta de chuvas, Jônatas destacou que o aumento no consumo e a evaporação natural têm acelerado a redução do volume do manancial.“O tempo esquentou e o consumo já aumentou muito. Nessa época, também cresce a evaporação da água, principalmente em reservatórios como a Farinha, que têm um espelho d’água amplo”, ressaltou.

 
Outro importante manancial, o Jatobá, também preocupa. Ele está com 19,69% da capacidade, o que equivale a 3.448.320,00 m³ de água, enquanto sua capacidade total é de 17.516.000,00 m³.

 
Já a Barragem de Capoeira segue em estado crítico, com apenas 9,06% do volume, ou 4.844.970,00 m³, de um total de 53.450.000,00 m³, conforme medição feita em 16 de setembro.

 
A situação se torna ainda mais alarmante quando até mesmo o Açude de Coremas, um dos maiores do estado, apresenta queda significativa. Atualmente, ele está com 34,76%, o que representa 260.234.000,00 m³ de água, de uma capacidade total de 744.144.694,00 m³.

 
Diante desse cenário, a Cagepa reforça a importância do uso consciente da água pela população, enquanto aguarda o período chuvoso para amenizar a crise.

Foto: Felipe Lima

Pabhlo Rhuan