A Assembleia Geral da ONU, realizada nesta sexta-feira (26), foi palco de forte tensão diplomática durante o discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Assim que o líder israelense se dirigiu ao púlpito, representantes de diversos países — incluindo a comitiva do Brasil — se retiraram do plenário em protesto. Netanyahu ainda foi recebido com vaias de parte dos presentes, mas prosseguiu com sua fala.

Em contraste, a delegação dos Estados Unidos permaneceu no local e chegou a demonstrar apoio explícito ao premiê, aplaudindo-o de pé. O gesto reforçou mais uma vez o alinhamento entre Washington e Tel Aviv diante do conflito no Oriente Médio.

Discurso marcado por críticas e ameaças

Ignorando o protesto diplomático, Netanyahu iniciou sua fala atacando o Hamas e defendendo os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza. O premiê afirmou que continuará os bombardeios “até destruir totalmente o Hamas”, e fez referência direta à situação dos reféns israelenses ainda em poder do grupo.

Além disso, o primeiro-ministro sinalizou possíveis novas ofensivas no Oriente Médio, reforçando que não irá recuar da estratégia militar adotada por seu governo.

Conflito em Gaza e pressões internacionais

O discurso ocorre em meio à crescente pressão da comunidade internacional para que Israel cesse os ataques que já resultaram em milhares de mortos e uma grave crise humanitária em Gaza. Diversos países, entre eles o Brasil, têm condenado a escalada de violência e cobrado negociações para um cessar-fogo imediato.

A reação na ONU desta sexta-feira deixou claro o isolamento diplomático de Israel em parte da comunidade internacional, ao mesmo tempo em que evidenciou o apoio incondicional dos Estados Unidos ao governo de Netanyahu.

Blog do Jordan Bezerra