A morte da miss trans Maria Clara Azevedo, de 32 anos, chocou João Pessoa nesta semana. Eleita Miss Trans Paraíba em 2017 e 2018, além de Miss Trans Juripiranga, Maria Clara também era dançarina da Quadrilha Lageiro Seco e bastante conhecida no cenário cultural do estado.

O corpo foi encontrado na manhã da última segunda-feira, 29 de setembro, em sua residência no bairro das Trincheiras, área central da capital. Segundo vizinhos, a última vez que ela havia sido vista com vida foi na sexta-feira, 26 de setembro. Quando os moradores entraram na casa, se depararam com a vítima já em estado avançado de decomposição e com vestígios de sangue pelo local.

Em entrevista ao programa Ô Paraíba Boa, o chefe do Instituto de Medicina Legal (IML) de João Pessoa, Flávio Fabres, confirmou nesta terça-feira, 30 de setembro, que os indícios apontam para um crime de grande violência. O exame necroscópico revelou seis ferimentos no rosto, uma lesão cervical e um corte profundo na mão direita — este último característico de tentativa de defesa.

“O corpo apresentava avançado estado de decomposição. Foram identificados ferimentos faciais, cervical e em mão direita (lesão de defesa), resultantes de ação perfurocortante. O laudo médico será concluído dentro do prazo legal de dez dias”, destacou Fabres.

A Polícia Civil da Paraíba (PCPB) acompanha as investigações e deve usar o laudo completo do IML como peça-chave para esclarecer as circunstâncias e identificar os responsáveis pelo crime. Até o momento, não há informações sobre suspeitos.

O caso gerou grande repercussão e mobilização nas redes sociais, onde amigos e admiradores lamentaram a morte de Maria Clara, lembrada por sua trajetória nas passarelas e por sua participação na cultura popular paraibana.

Blog do Jordan Bezerra

com informações de G1 PB