A greve dos trabalhadores dos Correios foi iniciada na Paraíba à meia-noite desta quarta-feira (data da paralisação) e já mobiliza a categoria em diferentes regiões do país. O movimento, segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios na Paraíba, ocorre em meio a um impasse nas negociações com a direção da empresa e pode ganhar novas adesões nos próximos dias.

De acordo com o presidente do sindicato no estado, Toni Sérgio, ao menos 12 sindicatos, distribuídos em sete estados brasileiros, aderiram à paralisação logo no primeiro dia. A avaliação da entidade é de que a mobilização tende a crescer diante da falta de avanço nas discussões e da postura adotada pela empresa. Para ele, o principal fator que levou à greve foi a apresentação de propostas que preveem perdas históricas para os trabalhadores. “Empresa quer retirar direitos”, afirmou o dirigente sindical ao comentar o cenário enfrentado pela categoria.

Ainda segundo Toni Sérgio, informações que circulam nas redes sociais sobre suposto atraso no pagamento do 13º salário não correspondem à realidade. Ele explicou que parte dos funcionários já recebeu a primeira parcela e que a segunda deve ser quitada até o dia 20 de dezembro, conforme o cronograma previsto.

O sindicalista também criticou o que classificou como tentativas de politizar o movimento grevista e relatou episódios de provocações registradas durante os piquetes. Além disso, direcionou críticas ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, a quem atribuiu declarações que, segundo ele, ameaçam os trabalhadores com a possibilidade de privatização dos Correios em caso de continuidade da greve.

Diante dessas falas, o sindicato informou ter emitido uma nota de repúdio, argumentando que a posição do ministro contraria compromissos assumidos pelo governo federal durante o período eleitoral. A decisão pela greve foi tomada em assembleia realizada na terça-feira, e, na Paraíba, os piquetes começaram ainda nas primeiras horas da manhã, no complexo operacional dos Correios localizado no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa.

A categoria segue em mobilização enquanto aguarda uma retomada efetiva das negociações com a empresa.

Blog do Jordan Bezerra

Com informações de Fonte83