Em uma operação policial desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), nas primeiras horas desta sexta-feira, dia 17 de novembro, o padre Egídio de Carvalho foi preso, sob a acusação de ter desviado cerca de R$ 140 milhões do Instituto Social Padre Zé, em João Pessoa. 

Os mandados de prisão foram expedidos pelo desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), por recomendação do Ministério Público do Estado, para o padre Egídio, ex-diretor do Hospital Padre Zé; a ex-diretora financeira Jannyne Dantas e a ex-tesoureira Amanda Duarte, que estão sendo acusados de participar do desvio de recursos do instituto.  

Após investigações de um força-tarefa com órgãos de controle do estado, foi verificado um esquema de desvio de dinheiro do Hospital que roubou mais de R$ 140 milhões, durante os anos de 2013 a setembro deste ano, enquanto Padre Egídio comandava o Instituto São José, responsável pela administração do Hospital e da Ação Social Arquidiocesana, por cerca de dez anos. 

As prisões são resultado das investigações e ações da operação Indignus, que deu início às buscas por provas do crime. Neste mesmo momento, Padre Egídio foi afastado de suas funções e da Igreja Católica. 

Os recursos eram frutos de doações sociais que eram realizadas à instituição. A paralisação da instituição causa grandes prejuízos a ações de apoio à sociedade vulnerável e outras medidas que eram desencadeadas pelo Instituto São José, como a distribuição de alimentos a pessoas em situação de rua, apoio a famílias venezuelanas, assistência familiar a pacientes, oferta de cursos profissionalizantes, apoio a portadores de AIDS e outros benefícios. 

Blog do Jordan Bezerra | Policial