O esquema de corrupção montado pelo padre Egídio para desviar recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, que desviou cerca de R$ 140 milhões da instituição, foi destaque no programa Fantástico, da TV Globo, nesse domingo, dia 19 de novembro. Uma reportagem especial trouxe detalhes da atuação criminosa do ex-diretor do hospital e sua equipe, acusados de roubar valores de ações sociais.

A reportagem trouxe ainda os imóveis adquiridos pelo padre Egídio com recursos públicos, como um apartamento na cobertura de um dos prédios mais luxuosos de João Pessoa, capital da Paraíba, à beira mar, avaliado em R$ 2 milhões e 400 mil, entre outros imóveis, que somam cerca de 30 unidades, em alguns estados do Brasil, inclusive em São Paulo. 

Padre Egídio mantinha uma vida de luxo, com obras de arte caras, animais de raça e objetos decorativos de alto valor, tudo bancado com recursos do Instituto São José, órgão que financiava as ações do Hospital Padre Zé e organizações sociais ligadas à Igreja Católica em João Pessoa. 

Após o escândalo de corrupção, a unidade passou a ser administrada pelo padre George Batista, que afirmou que p hospital não tem nem medicamentos e as doações que chegaram com frequência agora caíram e a situação ameaça o funcionamento da unidade hospitalar.

"Estou mendigando remédios, insumo, alimento, frauda para os doentes. A arrecadação girava em torno de R$ 50, 60 mil reais. Arrecadamos R$ 13 mil", disse o novo diretor.

Já o promotor de Justiça do GAECO, Dennis Carneiro, disse que sequer documentação há para comprovar as tratativas do hospital. E ele denunciou que o esquema era feito de todo jeito, sem nenhuma preocupação com a documentação ilegal que era utilizada. 

"O dinheiro transitava da forma que ele (Egídio) queria, da forma que ele queria. Isso tudo aliado a uma completa e absoluta desorganização documental. O Instituto São José tem quase nenhum documento patrimonial. De acervo, de estoque, nenhum".

Blog do Jordan Bezerra | Policial