30/10/2024 - 16:00 - Policial
Delegado acredita que tiro em criança foi acidental: "ataques contra qualquer pessoa"
Sobre a morte da menina Aylla, de quatro anos de idade, que foi vítima de um disparo de arma de fogo no bairro Jatobá, em Patos, na noite dessa terça-feira, dia 29 de outubro, o delegado Edson Pedrosa, da Delegacia de Homicídios e Entorpecentes de Patos (DHE), disse acreditar que o disparo foi acidental quanto ao alvo.
Para o delegado o tiro acabou acertando a criança, mas que os criminosos queriam acertar qualquer pessoa que possivelmente faça parte de uma facção criminosa rival. O adolescente que também foi vítima de disparo, João Pedro, aparentava ser envolvido, mas não há registros de envolvimento dele com o crime e também não há passagens dele pela polícia por nenhum crime.
Ao que tudo indica, os criminosos acharam um alvo qualquer apenas para dar uma resposta aos rivais, no que chamam de guerra entre facções.
Ao jornalista Higo de Figueirêdo, da Rádio Espinharas FM de Patos, o delegado deu detalhes sobre o atentado.
Pedrosa afirmou que o autor do crime passou em um veículo de cor branca, na Rua Renan Ayres, no Jatobá, e, ao que tudo indica, disparou por engano contra João Pedro e Aylla, que estavam na porta da residência.
“A informação que temos é que esse jovem tomava conta dessa criança e possivelmente não seja envolvido. Ele pode até ser indiciado, eu não sei, mas ele não é envolvido em facção, mas esses ataques ocorrem contra qualquer pessoa que tenha uma aparência, e supostamente esteja envolvimento com alguma facção”, explicou.
A guerra a que o delegado faz referência é entre as organizações criminosas Estados Unidos, que atua no bairro onde o adolescente mora, Jatobá e região; e Okaida, que atua em outros bairros e regiões diversas da cidade de Patos.
O delegado adiantou ainda que, apesar de crer nessa linha, a investigação vai acontecer de forma que outras linhas sejam consideradas e consigam elucidar os crimes.
um outro caso ocorrido no dia da eleição, em 6 de outubro, ocorreu na área de atuação da facção Okaida, que divide territórios na cidade.
O delegado disse que apesar de acreditar que o disparo contra a criança tenha ocorrido de forma acidental, as investigações continuam para que a polícia possa elucidar as motivações do crime.
Ouça outros detalhes no áudio abaixo:
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