No final da tarde desta quinta-feira, dia 13 de março, agentes da polícia civil cumpriram um mandado de prisão preventiva que acabou culminando com a morte de Joel Vitória Pimentel, de 20 anos, na cidade de Coremas, sertão paraibano.

A família do jovem relatou que os agentes chegaram na residência, anunciaram que era a polícia e logo após iniciou-se uma série de disparos que foram ouvidos na localidade. Câmeras de segurança registraram a movimentação durante a chegada dos agentes em dois veículos e os gritos das crianças e agentes.

A irmã de Joel disse que a polícia agiu com excesso durante a chegada na residência em que estavam a mãe da vítima e uma criança de 10 anos que estava cirurgiada. A jovem ainda relatou que a polícia quebrou a porta e chegou a derrubar a sua mãe durante a ação. Após isso, foram feitos vários disparos que acabaram matando Joel Vitória e o corpo ficou no quintal da casa onde ocorreu o fato.

Conforme a irmã, a mãe gritou para que Joel não reagisse e colocasse as mãos na cabeça, mas, quando o jovem estava no muro, os policiais abriram fogo e Joel foi morto quando um dos tiros acertou a sua cabeça. Após o fato, os policiais deixaram a residência e a família está indignada com o ocorrido trágico.

A reportagem do Polêmica fez contato com o delegado Dr. Ilamilto Simplício para esclarecer o ocorrido segundo a versão da polícia civil. Ele disse que a polícia cumpriu o mandado após o suspeito ter praticado crime de violência doméstica e tentativa de feminicídio contra sua ex-companheira. A ex-companheira foi até a delegacia um dia antes e prestou queixa do crime, e o delegado decidiu pedir a prisão preventiva, atendida pelo Poder Judiciário.

O Dr. Ilamilto Simplício ainda relatou que os policiais civis foram até a residência para cumprir a decisão e foi então que Joel correu para o muro que tem um pequeno matagal. De acordo com os policiais, Joel não se entregou e fez gestos de como se estivesse armado. A polícia fez disparos e achava que Joel havia se evadido, porém, por volta das 20h00, recebeu a informação de que ele estaria morto. O delegado disse que um procedimento será aberto para apurar a conduta dos agentes da polícia civil.

Polêmica Patos