Na manhã desta segunda-feira (24), a 5ª Vara Regional das Garantias de Patos, no Sertão da Paraíba, determinou a conversão da prisão em flagrante de Haroldo Silva Conegundes em prisão preventiva. Ele é acusado de tentar assassinar sua companheira, Regina Chelly Cardoso de Oliveira, em um ato de violência doméstica enquadrado na Lei Maria da Penha. A decisão foi tomada pelo juiz Sávio José de Amorim Santos, durante audiência de custódia no Fórum Miguel Sátyro.

O crime ocorreu na noite do domingo (23), na residência do casal, localizada na Rua Felizardo Leite, no Centro de Patos, nas proximidades da caixa d’água da Cagepa. Segundo o relato policial, Haroldo atacou Regina com uma faca, desferindo um golpe no pescoço, próximo à jugular, o que colocou sua vida em risco. O ataque foi presenciado pela filha do casal, uma menina de apenas 9 anos, que, em estado de choque, correu para a rua em busca de ajuda.

Os vizinhos acolheram a criança e acionaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Ao chegarem ao local, os policiais encontraram Haroldo na entrada da casa, enquanto Regina estava caída na cozinha, gravemente ferida. A faca utilizada no crime foi encontrada ensanguentada sobre a pia.

A vítima foi socorrida e levada ao Complexo Hospitalar Regional de Patos, onde passou por atendimento médico. Segundo informações da unidade de saúde, ela estava consciente e orientada, sendo acompanhada pela equipe de cirurgia geral. Exames de imagem foram solicitados para avaliar a necessidade de uma possível intervenção cirúrgica.

Durante a audiência de custódia, o Ministério Público, representado pela promotora Patrícia Napoleão de Oliveira, defendeu a conversão da prisão em preventiva, destacando a gravidade do caso e a necessidade de garantir a segurança da vítima e da sociedade. A defesa do acusado, por sua vez, solicitou a liberdade provisória com aplicação de medidas cautelares.

O juiz Sávio José de Amorim Santos, ao analisar o caso, considerou que havia fortes indícios da autoria do crime e que a soltura de Haroldo representaria risco à ordem pública e à vítima. “O abalo à ordem pública resta, por ora, configurado”, afirmou o magistrado na decisão.

Diante disso, ele homologou a prisão em flagrante e determinou a conversão para prisão preventiva, fundamentando a decisão nos artigos 310, inciso II, 312 e 313, II, do Código de Processo Penal. O acusado será encaminhado para um estabelecimento prisional adequado, enquanto o caso segue para a vara responsável por crimes de violência doméstica, conforme a Lei Maria da Penha.

Blog do Jordan Bezerra

Com informações do Patos Online