Ricardo afirma que botaram Lucélio para servir de tampa, mas garante que ele não se sustenta até julho

16/05/2018 - 22:29 - Política

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Ricardo afirma que botaram Lucélio para servir de tampa, mas garante que ele não se sustenta até julho

O governador Ricardo Coutinho (PSB) fez uma verdadeira análise política das articulações de seus opositores na manhã desta quarta-feira (16). O gestor participou da abertura do Campus Festival, no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa. Luciano Cartaxo (PV), Cássio Cunha Lima (PSDB) e Lucélio Cartaxo (PV) foram os principais alvos das declarações do socialista.

Ao ser inicialmente questionado acerca de uma declaração do ex-secretário de João Pessoa, Zennedy Bezerra, braço direito de Luciano Cartaxo (PV), na qual disse que o governador iria “pedir música no Fantástico” – fazendo alusão a uma terceira derrota eleitoral do grupo socialista para o grupo Cartaxista. Ricardo, em tom de riso, disse: “Não vou responder isso, pelo amor de Deus”. Porém, iniciou uma análise da oposição e suas últimas movimentações, e cravou que Lucélio não será candidato.

“Fico, às vezes, estupefato. Mas eu cantei essa pedra, desde janeiro dizia que esse povo que diz que é candidato a governador não é candidato, estão blefando. Sabem que quando chegar a hora do gongo bater, vão todos bater em retirada”, afirmou Ricardo, antes de mudar o alvo das observações. “Luciano mesmo bateu em retirada, mas não bateu em retirada duvidando do apoio de Cássio, porque Cássio não tem para onde ir. Tanto não tem para onde ir, que se agarrou em Lucélio. Sabe que será duramente cobrado por tudo de mal que fez ao povo brasileiro e da Paraíba”, completou.

Para Ricardo, jamais Cássio deixaria de apoiar Luciano, e o prefeito pessoense deu um “agá”, para poder dizer: ‘não vou porque não estou sentindo apoio’. Mas, na verdade, segundo o socialista, Luciano sabia que não teria capacidade de concorrer com uma candidatura conceituada e com conteúdo como a de João Azevêdo, e de um governo que, quer queira quer não, mudou a infraestrutura do estado.

“Não é candidato, daqui há três meses podem me perguntar”

Com isso, de acordo com Ricardo Coutinho, quando Luciano bateu em retirada, Cássio percebeu que ficou sem arma para negociar. “Porque o que queriam era colocar o irmão como candidato ao Senado, aí disseram que tem que voltar para ocupar um espaço, para poder ter algo a negociar. Por isso colocaram o irmão como candidato a governador, mas que não é candidato. Daqui há três meses podem me perguntar. Porque governar o estado não é assim, não é alguém acordar, dizer que é irmão de alguém e governar o estado. A Paraíba é maior do que isso, os desafios são maiores do que isso.

Cássio se agarra e amarra Lucélio

Para o governador, Cássio ficou perdido no meio deste cenário, e disse “vou me agarrar ali”. “Porque ele rifou todos os cargos ao redor, ele entrega todos os anéis para tentar salvar os dedos, e não vai conseguir salvar os dedos. Ele segurou, disse que apoia Lucélio, para ele amarrado na condição de candidato deixasse de ser, como eles queriam, candidato ao Senado. Lucélio ficou amarrado pela inexperiência política. Agora está lá fritando, até porque não acreditam no crescimento dessa candidatura”, analisou Ricardo Coutinho.

“Acho que eles ainda vão inventar um candidato, para poder se colocar frente ao melhor candidato”, completou.

Oposição ainda acredita em substituição de João Azevêdo

“Eles que esperem. Dizem isso desde o ano passado. Se descontrolaram todos, desmoronaram, não ficou pedra sobre pedra. E ainda dizem que nós que vamos mudar. João será o próximo governador, porque a Paraíba está em outro estágio, não tem como retroceder. A Paraíba não quer privatizar a Cagepa em troca de negociatas eleitorais”.

 

(Do Blog do Gordinho)