Após fim da licença, Eduardo Bolsonaro diz que não renuncia e desafia STF: “Levo o mandato por mais três meses”

21/07/2025 - 09:32 - Política

Compartilhe:
Após fim da licença, Eduardo Bolsonaro diz que não renuncia e desafia STF: “Levo o mandato por mais três meses”

Após fim da licença, Eduardo Bolsonaro diz que não renuncia e desafia STF: “Levo o mandato por mais três meses”

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL–SP) afirmou neste domingo (20) que não pretende renunciar ao mandato, mesmo após o término de sua licença de 120 dias, iniciada em março deste ano. Durante esse período, o parlamentar — filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — esteve morando nos Estados Unidos (EUA), alegando perseguição política.

 

 

A declaração foi feita em uma live nas redes sociais, na qual Eduardo desafiou o Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que poderá manter seu mandato “pelo menos por mais três meses”. Segundo o regimento da Câmara dos Deputados, ao fim da licença, o parlamentar precisa retomar as atividades ou poderá ser enquadrado por faltas.

 

“Não vou renunciar. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato por mais três meses”, declarou.

 

Eduardo Bolsonaro é investigado no STF por envolvimento com a trama golpista que inclui seu pai como réu. A Corte apura sua atuação junto ao governo norte-americano para pressionar autoridades brasileiras e tentar interferir nas investigações conduzidas pelo Supremo.

 

Durante a transmissão, ele voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, e ironizou a suspensão de vistos de ministros do STF pelo governo de Donald Trump, afirmando que “a depender de quem for, está sem visto”.

 

O deputado também defendeu a anistia de Jair Bolsonaro e afirmou estar “disposto a ir às últimas consequências”, sinalizando que não pretende recuar diante das investigações.

 

As declarações foram feitas dois dias após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser alvo de uma nova operação da Polícia Federal, com imposição de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de comunicação com diplomatas e co-investigados. As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, após a Procuradoria-Geral da República apontar risco de fuga.

 

 

Fonte 83