08/09/2025 - 15:48 - Política
Ricardo detona condução de Hugo Motta à frente da Câmara e diz que “quem fica em cima do muro termina se dando mal”
O ex-governador e pré-candidato a deputado federal Ricardo Coutinho (PT) elevou o tom contra o deputado Hugo Motta (Republicanos) ao avaliar o papel do presidente da Câmara Federal. Em entrevista ao programa Ô Paraíba Boa, na 100.5 FM, nesta segunda-feira (8), Ricardo afirmou que a Casa “tem criado mais problemas do que soluções” e cobrou posicionamento explícito de quem ocupa espaços de poder.
“A pessoa que acha que vai iludir os dois lados termina se dando mal. Você tem que ter lado: o da justiça correta, do Estado de Direito, o lado da democracia, pode ser outro?”, declarou Ricardo Coutinho, ao criticar a postura que classificou como “em cima do muro” do presidente Hugo Motta.
Na avaliação de Ricardo, a prioridade do campo progressista em 2026 é proteger o projeto nacional de Lula e ampliar a representação da esquerda na Câmara, “canalizando votos para a ‘cesta’ da federação”. “As candidaturas da esquerda democrática precisam atuar em bloco: primeiro, dar suporte ao presidente Lula; segundo, disputar a proporcional para ver quem bota mais votos dentro da cesta. Nosso adversário não está dentro do PT, do PV ou do PCdoB. Está fora. E nós precisamos ampliar”, afirmou.
Questionado sobre eventuais ruídos com aliados locais, Ricardo minimizou atritos e reforçou a necessidade de coesão. Ele citou a disputa por bases e defendeu que o PT trabalhe para eleger ao menos dois federais na Paraíba, com um discurso mais claro ao eleitorado. “Como é que num estado que deu 70% a Lula e 68% a Haddad a gente não consegue transformar isso em bancada? Provavelmente nossa mensagem não está chegando. É hora de mudar o Congresso quantitativa e qualitativamente”, disse.
Ricardo voltou a criticar a lógica de liberação de emendas como moeda de troca legislativa e atribuiu parte do “trancamento” de pautas econômicas ao comportamento de parlamentares que, segundo ele, priorizam conveniências. “Quer votar alguma coisa, tem que receber alguma coisa. Isso é o fim do Parlamento, não o seu fortalecimento”, afirmou, defendendo que a base de Lula tenha “lado e pulso” para destravar a agenda do governo.
Fonte83
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