O ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD) esclareceu, em entrevista ao programa Polêmica Paraíba na manhã desta quarta-feira (26), os motivos que o levaram a Brasília no dia anterior. Segundo ele, a viagem teve como principal objetivo um encontro com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, além da participação na filiação do deputado pernambucano Fernando Monteiro à sigla.

Pedro afirmou que tem mantido diálogo frequente com Kassab para atualizar o dirigente sobre o cenário político paraibano.

“Kassab tem tido uma postura muito correta, tem confiado a mim a condução do partido aqui na Paraíba, e eu busco atualizá-lo sobre o cenário local, conversar um pouco e ouvir a opinião dele também”, afirmou.

Nos últimos dias, circulou nas redes sociais uma foto de Pedro conversando com o prefeito de João Pessoa e pré-candidato ao Governo do Estado, Cícero Lucena. O ex-parlamentar confirmou o encontro e explicou que tratou com o prefeito da conjuntura após sua saída do PP e da posição atual da oposição.

“Desde que ele veio para o campo das oposições eu passei a ter um diálogo com ele, basicicamente fazendo uma análise de cenário para a eleição e debatendo alguns pontos principais que eu considero que não podem faltar na discussão da agenda que a gente deve tratar na disputa.”

Câmara Federal e futuro político

Questionado sobre a possibilidade de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados ao lado de outros nomes do campo oposicionista, Pedro não descartou a hipótese, mas admitiu não estar priorizando esse caminho.

“Não havendo a minha candidatura, o partido vai ter uma atenção maior em torno da legenda para deputado federal, até para que o PSD possa ter um bom resultado ao término da eleição do ano que vem. Mas eu confesso que não passa pelos meus planos a disputa para a Câmara, eu estou muito motivado e focado em passar pelo Executivo.”

Candidato ao Governo, mas sem descartar composição

Pedro reafirmou que segue como pré-candidato ao Governo da Paraíba, embora reconheça que o debate sobre composição de chapas só deve amadurecer em 2025. Ele, no entanto, não fecha portas para ser vice em uma chapa liderada por Cícero Lucena ou Efraim Filho.

“Eu estou mantendo meu nome como opção. Meu nome está à disposição para disputar o governo, como disputei em 22, eu tenho reconhecido a fragilidade da política, da candidatura para a disputa do governo. Você pode usar uma frase que eu usei também recentemente, que ninguém é candidato à vice, eu sou candidato ao governo. Eu acho que essa definição de chapa vai ficar mais para o ano que vem.”

O ex-deputado também revelou que tem conversado frequentemente com o senador Efraim Filho:

“A gente tem conversado constantemente, tive recentemente no gabinete dele. Tenho com ele uma ótima relação e mantenho um diálogo com o mesmo.”

Defesa da união da oposição

Durante toda a entrevista, Pedro voltou a defender a necessidade de alinhamento dentro do bloco oposicionista. Ele destacou que, sem união, a oposição chega enfraquecida ao pleito. Segundo ele, seu foco central é contribuir para uma agenda que enfrente os problemas estruturais do estado — e não disputar espaço em chapas.

“Meu lugar de atenção maior é em torno de um agenda e de um debate, não é em torno de uma composição de chapa, eu não estou buscando fazer movimento em torno de uma composição de chapa, não é isso que me move.”

Críticas e desafios do Estado

Ao final, Pedro voltou a apontar questões que, segundo ele, precisam ser enfrentadas com prioridade, citando a greve da UEPB, que já passa de dois meses, e o recente rompimento de um reservatório da Cagepa. Para ele, esses episódios mostram a necessidade de um debate mais profundo sobre a gestão estadual.

“A gente viu o que aconteceu recentemente em Campina, então é muito importante a gente discutir também a situação da Cagepa, qual é o encaminhamento que o governo vai dar para que a gente mude essa realidade”, conclui.

Blog do Jordan Bezerra 

Com informações do Polêmica Paraíba