A cidade de Cabedelo vai voltar às urnas no dia 12 de abril de 2026, em eleição suplementar para a escolha de novo prefeito. O novo pleito decorre da decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) que cassou os mandatos do prefeito André Coutinho (Avante), da vice-prefeita Camila Holanda (PP) e do vereador Márcio Alexandre (União), em processo que apura compra de votos nas eleições de 2024.

A cassação foi mantida pelo TRE-PB no dia 17 de novembro, em julgamento de recurso após decisão de primeira instância da 57ª Zona Eleitoral, sob responsabilidade da juíza Thana Michele Carneiro Rodrigues. Com isso, o tribunal determinou a realização de novas eleições para o cargo de prefeito, condicionadas, no entanto, ao trânsito em julgado do processo.

Disputa começa a ganhar forma

Com a possibilidade concreta de uma nova eleição ainda no primeiro semestre, o tabuleiro político em Cabedelo começa a se reorganizar, reunindo nomes tradicionais e novas apostas.

O prefeito interino, o vereador Edvaldo Neto (Avante), surge como um dos principais candidatos. Ele deve contar com o apoio do ex-prefeito Vitor Hugo, além do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, e do deputado federal Mersinho Lucena, formando um palanque com forte influência política.

Outro nome em destaque é o do presidente da Companhia Docas da Paraíba, Ricardo Barbosa (PSB), que deve receber o apoio direto do governador João Azevêdo, caso confirme a candidatura.

Pelo campo conservador, o deputado estadual Walber Virgolino (PL) desponta como possível representante da direita, com apoio do ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga e do senador Efraim Filho.

Candidaturas alternativas

Também aparecem no cenário candidaturas de menor envergadura eleitoral, mas com apelo a nichos específicos do eleitorado. É o caso de Kakau Souto (PSOL), sindicalista e professora, e da tenente Viviane Vieira, que pode vir a ser a candidata oficial do governador, caso deixe de lado a carreira militar.

Também surge no radar eleitoral Jacqueline Monteiro (Podemos), ex-vereadora de Cabedelo, que pode entrar na disputa terceira via, uma opão alternativa.

Já o ex-prefeito André Coutinho, apesar de ter o mandato cassado, mantém uma postura cautelosa e ainda não definiu se apoiará algum nome ou se tentará influência indireta no processo eleitoral. Ele ainda tenta no TSE recorrer da decisão que cassou o seu mandato na cidade portuária.

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