Uma pergunta que não quer calar, envolvendo a política paraibana, é a respeito do que está acontecendo com o maior partido do Brasil, o MDB, de um modo especial na Paraíba, pois o partido perdeu, em menos de um mês, vários membros importantes da sua sigla partidária, e não foram perdas pequenas, mas sim significativas: os chamados ‘peixes grandes da política’, haja vista, que foram três deputados federais, um senador da República, um deputado estadual e o vice-prefeito da Capital João Pessoa.

O fato é que o MDB paraibano está literalmente se dissolvendo, prova disso são as muitas baixas que o partido vem sofrendo nos últimos 30 dias. Isso ocorreu com figuras de expressão política no Estado e nacional, o primeiro a pegar o boné da desfiliação foi o deputado federal André Amaral, que migrou para o PROS; na sequência, o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior, que migrou para PSC: ele fez fortes críticas ao “eterno” comandante do partido no estado, o senador José Maranhão.

“O senador busca interesses pessoais, e esquece o coletivo, por isso o MDB está se esvaziando”, garantiu Manoel.

Um pouco depois, quem deixou o partido foi o deputado federal Veneziano Vital do Rego. Já ontem quem anunciou o adeus ao partido foi o deputado estadual Nabor Wanderley e também o seu filho, o deputado federal Hugo Motta, que migraram para PRB.

Por fim, a maior perda do partido foi a saída do senador Raimundo Lira, que abandonou o MDB e foi para PSD.

O partido é comandado aqui na Paraíba pelo senador José Maranhão (MDB), que há muitos anos comanda-o. À mão de ferro, o senador goza de um grande prestígio junto ao Diretório Nacional, que o torna temido e quase intocável, portanto quase ninguém tem peito de enfrentar ou contraria suas ideias e desejos. No entanto, este ano o jogo mudou: nem essas prerrogativas de poder lhe deram garantias e persuasão junto aos seus comandados de sigla, isto porque vários “amigos” de outrora de Maranhão deixaram-no a ver navio. Os parlamentares aproveitaram a janela partidária que dá direito aos políticos mudarem de partido no último ano de mandato, a data limite é sete de abril deste ano, sem que sofram qualquer tipo de punição.

Não faltaram tentativas para convencer o experiente Zé Maranhão, de 84 anos, em mudar ideia, houve várias reuniões com a cúpula do diretório estadual, no intuito de tentar persuadir o chefe do partido estadual, para que ele desistisse de ser candidato ao Governo no pleito de 2018, pois o partido até o momento não obteve apoio junto aos outros partidos.

Sendo assim, ia inviabilizar ou dificultar muito as eleições dos parlamentares do MDB, mesmo assim, o senador não deu ouvidos aos aliados e continuou irredutível, ou seja, manteve sua pré-candidatura ao governo do estado. Não restou alternativa aos aliados, a não ser deixar o MDB.

O certo é que o partido perdeu figuras importantes, chamados puxadores de votos de cidades estratégicas na Paraíba, senão vejamos, na Capital perdeu o vice - prefeito Manoel Júnior e o senador Raimundo Lira, em Campina Grande, Veneziano Vital e em Patos, Nabor Wanderley e Hugo Motta.

Segundo os pessimistas, ainda vem mais perda para o MDB, daqui para o fechamento da janela partidária, se comenta nos bastidores a saída do jovem deputado estadual Jollys Roberto, da região de São Bento-PB.

A preço de hoje, o partido do MDB não tem mais representação da Paraíba na Câmara Federal, pois saíram os três deputados, Hugo Motta, Veneziano Vital e André Amaral.

Será que o MDB vai dar a volta por cima?

Essa pergunta será respondia pelo povo nas eleições de 2018.

Blog do Jordan Bezerra