Diretora do Hospital Infantil, Isabella Cristina, explica motivo de falta de otorrinolaringologista na unidade, para atendimento de uma criança; ouça

10/01/2024 - 15:53 - Gerais

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Diretora do Hospital Infantil, Isabella Cristina, explica motivo de falta de otorrinolaringologista na unidade, para atendimento de uma criança; ouça

 

Na última sexta-feira, 6 de janeiro, Thalia, moradora de São José do Bonfim, região metropolitana de Patos, compartilhou com a imprensa um incidente envolvendo sua filha de 4 anos. A criança inseriu uma pequena bolinha plástica de miçanga no nariz, resultando em desespero familiar, levando-os a procurar o Hospital Infantil Noaldo Leite, em Patos.

 

Segundo Thalia, o médico de plantão no Hospital Infantil Noaldo Leite tentou sem sucesso remover a bolinha plástica do nariz da criança. Diante disso, ele encaminhou a paciente para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, utilizando a ambulância do próprio hospital. Contrariando a orientação médica, Thalia recusou e assinou o termo de recusa, optando por buscar atendimento na rede privada de saúde.

 

A mãe relatou ter desembolsado R$ 500,00 para um otorrinolaringologista remover a miçanga do nariz da filha. Insatisfeita, Thalia denunciou a situação à imprensa, expressando sua preocupação com a falta de profissionais no Hospital Infantil Noaldo Leite.

 

Sobre essa polêmica, o Blog do Jordan Bezerra conversou com a diretora do Hospital Infantil Noaldo Leite, Isabella Cristina, que explicou a situação e lamentou o ocorrido.

 

O Blog destacou que o hospital é referência para quase 90 municípios e questionou o motivo de haver a necessidade da criança ser transferida. A diretora explicou que há uma dificuldade em encontrar um otorrinolaringologista para cumprir toda a escala, visto que o médico da área Dr. Gustavo não consegue atender a essa demanda humanamente impossível. Isabella afirmou que o estado tem feito o possível para resolver essa situação. Veja fala da diretora a seguir:

 

"Estou passando aqui para esclarecer a respeito da queixa da mãe em relação ao atendimento da criança. Ao dar entrada no Hospital Infantil, a criança foi prontamente acolhida e assistida pela equipe médica de plantão. O procedimento para a retirada do corpo estranho foi iniciado, mas o médico percebeu que, devido à profundidade, não seria seguro prosseguir.


No dia em questão, não tínhamos um otorrinolaringologista escalado, pois nossa escala não conta com essa especialidade diariamente. Apesar de nossos esforços, contamos apenas com um otorrino na escala de urgência do hospital. O médico avaliou a situação e optou por encaminhar a criança para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, nossa referência para algumas especialidades.


A mãe foi informada sobre a necessidade desse encaminhamento, mas ela preferiu não levar a criança para Campina Grande. Ressalto que isso é parte do protocolo, visando o melhor atendimento à criança. Não queremos deixar de assistir a criança, e, mesmo que Campina Grande realizasse o procedimento, o médico plantonista estava em contato com o otorrino.


Entendo a preocupação da mãe e me coloco à disposição para esclarecimentos adicionais. Entrei em contato com ela para orientar e garantir que saiba que nosso papel é acolher e fornecer a melhor assistência possível. O hospital é referência em pediatria, embora nem todas as especialidades estejam disponíveis diariamente aqui. Estou à disposição para mais esclarecimentos, se necessário", explicou a diretora.

 

Blog do Jordan Bezerra 


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