O fogo que consome a Serra do Cruzeiro, em São José do Bonfim, chega ao sexto dia nesta quinta-feira, 18 de setembro, e já devastou uma área significativa de mata nativa. De acordo com levantamentos do Corpo de Bombeiros, cerca de 160 dos 400 hectares da serra foram atingidos, o que corresponde a aproximadamente 40% da região. Além da vegetação, animais de pequeno porte também foram mortos pelas chamas.

O comandante do 4º Batalhão de Bombeiro Militar, tenente-coronel Danilo Galvão, explicou que o trabalho das equipes tem sido dificultado pelas condições do terreno. “A serra é muito íngreme e o acesso para veículos é inviável. Nossos bombeiros precisam levar água nas costas em trilhas fechadas, o que torna a operação muito mais lenta e cansativa”, detalhou.

Para auxiliar no combate, o helicóptero Acauã 2, do Grupamento Tático Aéreo da Secretaria de Segurança Pública, foi acionado e passou a atuar na região. A capitã Joana, que acompanha a operação, destacou a importância da aeronave no mapeamento da área queimada. “O sobrevoo nos permite ter uma noção real da proporção do incêndio e ajuda na definição das estratégias a serem adotadas pelas equipes em solo”, afirmou.

Paralelamente ao trabalho de contenção das chamas, a Polícia Civil conduz as investigações sobre a origem do fogo. O delegado Claudinor Lúcio, responsável pelo caso, confirmou que os incêndios não foram acidentais. “As informações levantadas até agora apontam para mais de uma pessoa envolvida, provavelmente ligadas à caça ilegal de animais na região”, disse. Duas pessoas já foram ouvidas, e há possibilidade de solicitação judicial para quebra de dados de suspeitos.

A força-tarefa montada reúne Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Enquanto as apurações seguem, moradores das comunidades próximas continuam em estado de alerta desde o início da ocorrência, no sábado (13).

Blog do Jordan Bezerra

com informações de Patos Online