02/10/2025 - 09:29 - Gerais
'18 pessoas já foram demitidas por supostamente está desviando recursos', diz Reitor João Leuson
O Blog do Jordan Bezerra conversou na noite da última terça-feira, 01 de outubro, com o reitor do Centro Universitário de Patos (UNIFIP), João Leuson, que revelou detalhes sobre um escândalo de desvios financeiros e fraudes dentro da instituição. O caso envolve um funcionário de confiança, acusado de adulterar documentos, manipular planilhas e utilizar bens da instituição em benefício próprio.
Segundo o reitor, a suspeita vinha sendo observada há algum tempo. “De fato, procede. Isso já vem acontecendo e eu vinha observando. Chegou ao ponto final, eles se acovardaram e pediram demissão”, afirmou. Após a saída do servidor, uma auditoria foi aberta e confirmou uma série de irregularidades.
Durante as investigações internas, foram encontrados no computador do funcionário projetos de reforma, planilhas adulteradas e notas fiscais suspeitas. João Leuson citou um exemplo que chamou a atenção: o fornecedor responsável pela manutenção de ar-condicionado recebia mais de R$ 20 mil mensais. “Como uma instituição desse porte gasta isso tudo apenas com manutenção de ar-condicionado? Fomos aprofundando e vimos que havia desvio de materiais, inclusive levados para granja do próprio funcionário nos fins de semana”, relatou.
Além do servidor apontado como mentor do esquema, outras 18 pessoas já foram desligadas da UNIFIP, incluindo parentes próximos. O reitor explicou que mesmo aqueles que não participaram diretamente do desvio foram demitidos por omissão. “Se o irmão via o patrimônio do outro crescer de forma incompatível com sua renda e não comunicava nada, também se torna conivente. Por isso estamos fazendo uma limpeza geral”, completou.
João Leuson destacou ainda que o trabalho de apuração segue em curso, com conferência detalhada de notas, compras e registros de patrimônio. O caso será encaminhado ao Ministério Público, que ficará responsável pela condução judicial. “Nossa obrigação é entregar as provas. A partir daí, cada um vai se defender. Estamos fazendo tudo dentro da maior normalidade, mas foi um escândalo. Agora é tomar as providências e mostrar que o crime não compensa”, afirmou.
O reitor também demonstrou indignação com o envolvimento do funcionário, considerado um dos melhores do quadro e que recebia, segundo ele, um salário comparável ao de um juiz. “Mesmo com todos os benefícios e uma boa remuneração, escolheu seguir pelo caminho errado. Foi uma decepção muito grande”, lamentou.
Com as medidas adotadas, a instituição busca reforçar os mecanismos de transparência e retomar a confiança após a repercussão do caso.
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