25/03/2021 - 20:21 - Opinião
“São Francisco, na Califórnia. Era o final dos anos 80. Pessoas começaram a morrer de uma doença, até então desconhecida. AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Para os conservadores da extrema direita, Deus estava punindo os homossexuais. Pregadores religiosos atacavam a comunidade gay com discursos homofônicos, preconceituosos, que cobravam ‘responsabilidade’ e ‘moralidade’. ‘A natureza está se vingando’. O governo Norte-americano falhou nas ações contra o surto e chegou a culpar as vítimas”.
“Brasil de Nosso Senhor. Ano 2021. atingimos a marca assombrosa de 300 mil vidas perdidas, e mais de três mil mortes em apenas 24 horas. Hospitais públicos e privados estão na iminência de um colapso. Uti’s superlotadas desafiam profissionais de saúde já esgotados. Governadores e prefeitos tentam conter o avanço do vírus com medidas mais duras de restrição. Sem um direcionamento Nacional efetivo para lidar com a pandemia, o isolamento social segue sendo desrespeitado em larga escala, e o Brasil, com um ritmo de vacinação ainda lento, vê os níveis de contágio serem elevados”.
Duas notícias. Épocas diferentes. Situações distintas. Porém, a mesma tragédia e pelos mesmos motivos. “Aqueles que não aprendem com o passado estão condenados a repeti-lo”.
Por Misael Nobrega de Sousa
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