23/03/2022 - 12:47 - Opinião
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O deputado federal patoense Hugo Motta, presidente estadual do Republicanos, recomendou paciência ao candidato a senador pelo União Brasil, Efraim Filho.
O Republicanos se tornou o partido com a maior representação parlamentar federal da Paraíba, contando hoje com três deputados federais e o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino.
O Republicanos acumulou forças suficientes para se contrapor ao peso político do Progressistas no grupo político do governador João Azevedo. O Progressistas comanda importantes prefeituras, como a de João Pessoa e Cajazeiras, além de ter um deputado federal e uma senadora.
Por isso, resolveu emprestar seu apoio à candidatura de Efraim Filho ao Senado, mesmo sabendo do favoritismo de Aguinaldo Ribeiro, que não será o candidato a senador na chapa de João Azevedo se, por alguma razão, desistir da disputa. A intenção parece óbvia: tirar proveito da guerra aberta entre Aguinaldo e Efraim para, aliando-se ao último, negociar a indicação da candidatura de vice quando Efraim Filho fizer o inevitável movimento de ruptura com a candidatura de João Azevedo.
O favorito para assumir a vaga, hoje, continua sendo Adriano Galdino. Hoje, reforço. O problema é que o presidente da Assembleia tem se comportado ultimamente como um elefante no interior de uma sala repleta de cristais. Se expôs desnecessariamente ao ir pessoalmente à festa de aniversário de Efraim Filho confraternizar com oposicionistas com selo de origem, como Tovar Correia Lima, onde disse, para quem quisesse ouvir (ou seja, João Azevedo, Aguinaldo, Daniella Ribeiro e Cícero Lucena) que votará em Efraim Filho “em qualquer circunstância.”
Um desastre.
Ontem(22), Hugo Motta resolveu finalmente ajustar o discurso. Além de pedir calma a Efraim Filho, demarcou até onde vai o compromisso com o candidato do União Brasil: “estamos defendendo o nome dele internamente para chapa do governador João Azevêdo”, disse o deputado patoense. Ou seja, se Efraim Filho entendeu o recado, sabe desde já que, caso aceite ser candidato na chapa de Pedro Cunha Lima, não contará mais com o apoio do Republicanos.
E como a vaga de vice-governador de João Azevedo foi oferecida a Efraim, o Republicanos passa a ter legitimidade para reivindicá-la. Adriano Galdino continua a ser o único candidato a candidato, mas já começa a acumular antipatias. Daniela Ribeiro já fez circular que pode começar a trabalhar contra a candidatura de Galdino. O deputado estadual campinense Manoel Ludgero aproveitou a situação para declarará que se o candidato for Adriano Galdino ele abandona a candidatura de João Azevedo.
Ao terminar esse texto, uma dúvida emergiu: Hugo Mota, cujo pai é prefeito de Patos, o maior colégio eleitoral do Sertão, está mesmo fora dessa disputar? Todo mundo aqui já ouviu falar na expressão em latim tertius?
Por Flávio Lúcio
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